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Politica Brasil
Terça - 10 de Novembro de 2009 às 08:43
Por: Sonia Fiori

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Após se posicionar em Barra do Garças, no final de semana, com um discurso crítico relacionado ao perfil do futuro governador de Mato Grosso, o empresário Mauro Mendes, principal aposta do PSB para disputar a sucessão do governador Blairo Maggi, disse desconhecer qualquer estudo realizado pelo seu ex-partido, o PR, para definir o apoio à candidatura do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) ao governo.

Conforme a declaração de Mauro, o futuro governador do Estado “não será imposto por ninguém, e sim pela decisão povo”. Mendes não fez qualquer citação de nomes, além de reafirmar o seu posicionamento de não discutir candidatura, neste momento, apenas um plano de governo para o Estado.

Mendes nega que a opção do governador de respaldar o projeto do PMDB possa ter influenciado na sua decisão de migrar para o PSB. “O governador definiu, mas desconheço os critérios que tenham sido usados para decidir pelo Silval. Se ele (Maggi) fez pesquisa não é do meu conhecimento”, disse.

Árduo defensor da construção de um programa de governo discutido com a sociedade civil organizada, Mauro reforçou seu entendimento de que a escolha de um candidato ao governo deve, antes de mais nada, ter o amplo apoio da população. Nesse sentido, a posição do ex-republicano abre precedentes para questionamento sobre o processo no PR que selou apoio para o vice-governador.

Mauro Mendes, que disputou a prefeitura de Cuiabá nas eleições municipais, era um dos nomes mais citados para encabeçar um projeto próprio em 2010. O diretor-geral do Departamento nacional de Infraestrutura, Luiz Antônio Pagot, se mostrava um dos maiores entusiastas da candidatura de Mauro Mendes ao comando do Estado. No entanto, a decisão de Maggi de respaldar Silval gerou algumas rusgas na legenda republicana.

A corrente do PR que defendia candidatura própria viu na posição do governador o fim de um sonho de suceder substituir o comando do Palácio Paiaguás por outro representante da sigla. Apesar do cenário, Mauro voltou a frisar que sua decisão de migrar para o PSB não está relacionada à possível insatisfação com a posição de Maggi. Destacou mais uma vez que a opção foi puramente ideológica. “Foi por uma questão ideológica e também porque tenho simpatia pelos trabalhos do deputado Ciro Gomes”, enfatizou.

O empresário, no entanto, disse que um dos fatores que o levaram a se filiar ao PSB diz respeito à forma de condução política dos debates. Ele reiterou ainda que o PSB só definirá o projeto do partido em 2010, depois de debater amplamente as propostas de governo com as bases e a população.

O empresário alertou ainda que só discutirá sobre possível composição no próximo ano. Mas admitiu aproximação da legenda com partidos como o PDT que vem mantendo a mesma linha de análise quando o assunto é a construção de um projeto próprio. As duas legendas discutem com outros partidos como o PPS, PV e ainda o PCdoB uma candidatura alternativa para o governo do Estado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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