Wilson Santos não se sobressai no 2º mandato
Após uma vitória suada nas eleições de 2008, o prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) enfrenta forte desgaste no primeiro ano de segunda gestão frente à Prefeitura de Cuiabá. Pretenso candidato ao governo do Estado pela sigla tucana no ano que vem, Santos enfrenta problemas sistemáticos em quase todos os setores de sua administração, principalmente na saúde e na execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A saúde, considerada a parte mais frágil da administração de Wilson, enfrenta resistência com a classe médica, que acusa o gestor de ser negligente com as reivindicações da categoria. Até a demissão do secretário municipal de Saúde, Luiz Soares, foi pedida pelos médicos.
Nas obras do PAC, as irregularidades constatadas pela Polícia Federal, na Operação Pacenas, tomaram dimensões nacionais, diante do suposto conluio das empreiteiras que executariam as obras do Programa na Capital e em Várzea Grande. Com isso, além de paralisar o andamento, as obras iniciadas nos bairros causam transtornos a centenas de moradores que tiveram suas ruas e calçadas abertas para o início das obras.
Promessa da campanha de Wilson, a Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Tijucal não foi entregue em dezembro do ano passado, como prometido. Agora, o prefeito garante que a obra terá prosseguimento, mas que não dará prazos para a entrega. “Não vou dar mais prazo. Porque enquanto tem um para trabalhar, tem mil para atrapalhar”, justificou.
Outra obra alvo de questionamentos é a Avenida das Torres, concluída a toque de caixa no período eleitoral do ano passada. Construída com recursos federais, estaduais e contrapartida do município, a avenida ainda não teve todos os trechos duplicados. Uma via da ponte que liga a região do Jardim Itália ao Jardim Imperial também não foi terminada. Além disso, a iluminação e a sinalização são precárias.
Wilson também não conseguiu dar posse a todos os aprovados no último concurso realizado em 2007. Vários profissionais, principalmente da área de saúde, questionam a demora em serem chamados para tomar posse.
Apesar de concurso já realizado, o prefeito também não conseguiu implementar a Guarda Municipal, promessa de sua primeira campanha, quando foi eleito em 2004. Os aprovados já foram convocados e estão em treinamento há quase um ano. Até agora, nenhum deles ganhou as ruas.
Os desgastes enfrentados pelo prefeito nesta segunda gestão são constantemente alvo de críticas da oposição. Governistas também avaliam internamente os problemas e em conversas reservadas fazem avaliações, geralmente, amenizadoras ao tucano.
Outro problema de ordem interna diz respeito às críticas para a condução da comunicação e marketing.
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