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Politica Brasil
Terça - 10 de Novembro de 2009 às 03:17
Por: Mariane de Oliveira

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga hoje recurso interposto pelos desembargadores José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e Mariano Alonso Ribeiro Travassos, em processo no qual figuram como réus ao lado de 7 juízes de Mato Grosso, por suposto desvio de recursos públicos do Tribunal de Justiça. O relator do processo, que segue em segredo de Justiça, é o ministro Ives Gandra.

O CNJ apura denúncia de que o então ex-presidente do TJ, José Ferreira Leite, teria armado uma suposta operação financeira, na forma de pagamentos irregulares a magistrados, para socorrer investidores de uma cooperativa, que também eram seus irmãos de maçonaria. O desembargador era grão mestre da loja maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso. O mesmo processo também apura superfaturamento na construção do Fórum de Cuiabá.

De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Ricardo Chimenti, o CNJ colheu na semana passada os depoimentos de testemunhas e de magistrados envolvidos.

Além dos três desembargadores, figuram como réus os juízes Marcelo de Souza Barros, Antônio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes, Marcos Aurélio dos Reis Ferreira (filho do desembargador José Ferreira Leite), Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, Graciema Ribeiro de Caravellas e Maria Cristina Simões.

A denúncia foi encaminhada ao CNJ no início do ano passado pelo então corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando de Almeida Perri. No dia 10 de março deste ano, a Corregedoria Nacional de Justiça realizou inspeção no Tribunal de Justiça, determinada pela portaria 104.

As denúncias de desvio de recursos públicos no Tribunal de Justiça, ainda conforme o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, resultaram em pelo menos cinco processos que tramitam no CNJ. Na semana passada, o atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Alonso Travassos, pediu dilação de prazo de 30 dias ao CNJ para responder aos inúmeros questionamentos e exigências de documentos, feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que está auxiliando o CNJ nas investigações. A dilação de prazo foi concedida.

Outro lado - A reportagem tentou contato por telefone com os magistrados, sem sucesso.





Fonte: Especial para A Gazeta

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