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Meio Ambiente
Segunda - 09 de Novembro de 2009 às 13:25

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A Comissão Europeia se mostrou pessimista sobre o acordo que substituirá o Protocolo de Kioto na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague de 7 a 18 de dezembro.

"Não há garantias de êxito", disse em entrevista coletiva o negociador sobre mudança climática do Executivo da União Europeia (UE), Artur Runge-Metzger, após as negociações técnicas realizadas em Barcelona na semana passada.

"É muito improvável que aconteça o que a UE esperava", acrescentou. Segundo Runge-Metzger, cabe esperar de Copenhague um acordo sobre as reduções de emissões de dióxido de carbono (CO2) dos países industrializados e sobre a ajuda que será concedida às nações em desenvolvimento para que elas comecem a adotar medidas para limitar o crescimento de seus níveis de emissão de gases poluentes.

No entanto, é muito provável que se chegue a um acordo sobre detalhes mais técnicos, como os mecanismos do mercado de carbono, e, por isso, a reunião de dezembro deverá ser seguida por um trabalho intenso para dar forma ao pacto global.

Na opinião do representante do bloco, neste ponto das negociações - quando faltam apenas quatro semanas para a cúpula da ONU - o debate adquiriu um "tom agressivo" e apesar de o texto do acordo estar mais consolidado ainda não há compromissos concretos.

Perguntado pela imprensa sobre o papel da UE, Runge-Metzger respondeu que não teria servido de nada se o bloco tivesse determinado em Barcelona um número concreto sobre sua contribuição ao financiamento público internacional para países em desenvolvimento.

"Outros países não estão fazendo nem os preparativos", disse, e acrescentou que pelo menos a UE determinou certos números concretos e que este gesto foi valorizado pelos países pobres, que veem que seus pedidos estão sendo levados a sério.

Sobre a possibilidade de adiamento da cúpula devido ao fato de que as partes não estão prontas para a determinação de um acordo ambicioso em dezembro, o negociador da Comissão Europeia descartou a possibilidade e ressaltou a necessidade da adoção de medidas a partir de 1º de janeiro de 2010.





Fonte: EFE

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