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Politica Brasil
Segunda - 09 de Novembro de 2009 às 07:24

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Os advogados da deputada Chica Nunes (DEM) vão atacar outras gestões para tentar desviar os holofotes da acusação de desvio de R$ 6,5 milhões feita pela Delegacia Fazendáriacontra a parlamentar democrata. A defesa dela solicita que as investigações por suposta fraude em processos de licitação não se restrinja apenas aos anos de 2005 e 2006, período em que Chica presidiu o Legislativo, mas que sejam extendidas às demais gestões da Mesa Diretora, conforme revela o jornal A Gazeta desta segunda (9). Assim, os juristas pretendem anular o processo que ela responde com mais nove pessoas, entre elas o marido, prefeito de Barão de Melgaço, Marcelo Ribeiro (PP).

De acordo com os advogados de Chica, os empresários que supostamente admitiram perante às autoridades policiais terem participado de licitações, que teriam sido fraudadas durante a gestão da democrata, teriam revelado que o esquema era semelhante em gestões anteriores.

Este mesmo argumento foi utilizado, sem êxito, pela defesa para convencer os desembargadores do Tribunal de Justiça a não receber a denúncia da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). Chica, que é apontada como a chefe de uma quadrilha que desviou R$ 6,5 milhões do Legislativo e os outros supostos “comparsas”, respondem pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.

A suspeita de que irregularidades podem ter ocorrido em gestões anteriores “foi ventilada” apenas, agora, durante as investigações contra o ex-presidente Lutero Ponce (PMDB), acusado de chefiar uma quadrilha que causou um rombo superior a R$ 7,5 milhões. Segundo o servidor público Rubens Antunes Belém Filho, que trabalha há 32 anos na Câmara de Cuiabá, a falta de controle sobre processos licitatórios foi "comum" na Casa nos últimos oito anos, período em que o Legislativo foi presidido por João Malheiros (PR), Luiz Marinho (ex-DEM e hoje no PTB), Chica Nunes (DEM) e Lutero Ponce (PMDB).

Caso Lutero

A defesa de Lutero tem até o final desta segunda (9) para entregar a sua defesa final. A partir dessas alegações, dos depoimentos colhidos e das investigações feitas pela Delegacia Fazendária, os membros da Comissão Processante vão concluir o relatório final que pode pedir ou não a cassação de Lutero. Ele é investigado por ato de improbidade administrativa, corrupção e quebra de decoro parlamentar. (Patrícia Sanches)





Fonte: RD News

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