60% do staff saem junto com Maggi; Silval enfrenta desafios
Uns se desincompatibilizarão para concorrer a cargos eletivos. Devem disputar cadeira de deputado estadual os secretários Eumar Novacki (Casa Civil e Comunicação), Neldo Egon (Desenvolvimento Rural), Baiano Filho (Esportes e Lazer) e José Aparecido, o Cidinho (Projetos Estratégicos). Chico Daltro (Ciência e Tecnologia) e Ságuas Moraes (Educação) concorrem a deputado federal. Outros saem para voltar à iniciativa privada, como a primeira-dama Terezinha Maggi (Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social) e Paulo Pitaluga (Cultura). Quatro serão exonerados já neste ano para compor a diretoria da Agecopa, sendo eles Yênes Magalhães (Planejamento), Yuri Bastos (Desenvolvimento do Turismo), Adilton Sachetti (Políticas Ambientais e Fundiárias) e ainda Jefferson Ferreira, do Escritório de Representação do governo em Brasília. Os presidentes do Detran, Teodoro Lopes, e da Empaer, Leôncio Pinheiro, se afastam também para entrar na briga por vaga na Assembleia.
O vice-governador enfrentará os maiores desafios políticos e administrativos de sua trajetória política, que começou na início da década de 1980 como prefeito de Matupá e passou por dois mandatos de deputado estadual, inclusive de presidente da Assembleia, até chegar ao Paiaguás. Maggi vai se reunir com Silval para comunicar se renunciará ao mandato no próximo mês, no final de janeiro ou em março. Seja qual for a data, praticamente metade do secretariado sai junto. Ao menos cinco desafios esperam por Silval.
* Primeiro, precisa ter "jogo de cintura" para conviver internamente com um PMDB com "sede de poder". A última vez que o partido assumiu cadeira de governador foi no final dos anos 80 com Carlos Bezerra, cacique capaz de minar lideranças políticas e boicotar candidaturas. Isso pode ser empecilho para fechar alianças, já que peemedebistas vão querer "abocanhar" vários postos do staff.
* Segundo, como terá uma candidatura majoritária "casada" com a de Maggi, virtual candidato a senador, se vê forçado a colocar a máquina a serviço também do hoje governador. Nos bastidores, o acordo é para Silval, enquanto governador, bancar a estrutura de Maggi.
* Terceiro, o peemedebista sofrerá pressão das bancadas na Assembleia não só no sentido de ajuda financeira, mas também por rateio dos principais cargos. Todos os 24 deputados vão concorrer à reeleição, com exceção do líder do Executivo na Assembleia Mauro Savi (PR), pré-candidato a deputado federal.
* Quarto, Silval vai estar na cadeira de chefe do Executivo, mas impedido de lançar e inaugurar obras por causa do período eleitoral. Trata-se de um obstáculo para quem necessita mostrar serviço e obter maior visibilidade, com vistas a se despontar nas pesquisas de intenção de voto.
* Quinto, conviverá com críticas e ataques da oposição, principalmente do tucanato, capitaneado pelo pré-candidato a governador Wilson Santos. Vai ficar mais na defensiva. Além de responder às críticas lançadas sobre sua pessoa, ainda buscará argumentos para contrapor questionamentos à gestão Maggi.
Quem sai junto com Maggi do 1º escalão do Paiaguás
Eumar Novacki - Casa Civil e Comunicação
Neldo Egon - Desenvolvimento Rural
Baiano Filho - Esportes e Lazer
José Aparecido, o Cidinho - Projetos Estratégicos
Chico Daltro - Ciência e Tecnologia
Ságuas Moraes - Educação
Terezinha Maggi - Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social
Paulo Pitaluga - Cultura
Yênes Magalhães - Planejamento
Yuri Bastos - Desenvolvimento do Turismo
Adilson Sachetti - Políticas Ambientais e Fundiárias
Teodoro Lopes - presidente do Detran
Leôncio Pinheiro - presidente da Empaer
Jefferson Ferreira - Escritório de Representação de MT em Brasília
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