Depois de bater boca por acusação de "filhos "fantasmas", Luciane pede para MPE apurar o caso
Após entregar ao procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, a cópia do seu “voto em separado” e a solicitação do pedido de prisão e bloqueio de bens dos indiciados na CPI do MT Saúde, a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) pediu a Prado a investigação de funcionários “Fantasmas” em toda administração municipal.
Recentemente, o enteado e a filha da deputada, Anacleto Bezerra e Bruna Azóia Bezerra, respectivamente, foram denunciados pelo não cumprimento da carga horária, pelo vereador Ricardo Saad (PSDB). “Como parlamentar tenho obrigação de pedir investigação nestes casos, e pedir seriedade na punição de irregularidades”, expôs a deputada.
Na penúltima sessão legislativa Luciane e o deputado José Riva protagonizaram bate boca na tribuna e troca de insinuações por conta dos cargos ocupados pelos filhos da deputada. “É lógico que causa estranheza que alguém que não é da área da saúde ganhe R$ 5 mil para trabalhar cinco horas, enquanto vem médico aqui protestar que ganha R$2 mil. Se fossem meus filhos aparecia até no Jornal Nacional”, alfinetou Riva.
Mais que rapidamente Luciane pediu a palavra rebateu o colega de parlamento dizendo que ia abrir a caixa preta da Assembleia. “Se for pra falar em gente que trabalha cinco horas pra ganhar R$ 5 mil, vou começar a nominar por aqui deputado", respondeu.
A deputada esteve no final da manhã do Ministério Público junto aos membros do Fórum Sindical dos servidores do Estado de Mato Grosso.
Entre os indiciados, estão o ex-secretário de Administração do Estado, César Zílio, e o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Bastos Jorge.
“A sociedade toda quer saber o que aconteceu no MT Saúde. Vamos levantar e verificar se houve desvio e prejuízo ao erário e conseguir o ressarcimento” disse o procurador geral.
O documento, de mais de 1,3 mil páginas, será encaminhado ao Núcleo da Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que já investiga denúncias envolvendo o próprio MT Saúde. Desde 2011, o promotor Roberto Turim, deste Núcleo investiga as operadoras de Saúde Samaritano e Open Saúde, responsáveis pela gestão do plano.
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