A presidente prometeu se reunir de 3 a 4 vezes por ano com representantes Dilma anunciou R$ 3 bilhões para custeio da saúde e educação.
Após vaias, Dilma recebe prefeitos e promete aproximação

A presidente Dilma Rousseff chamou para uma reunião no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (11), prefeitos representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prometeu aproximação. O encontro ocorreu um dia após Dilma ter sido vaiada ao final do discurso na Marcha dos Prefeitos, que levou a Brasília mais de 4 mil líderes municipais.

 

A reunião durou cerca de uma hora e meia e teve participação da ministra responsável pela articulação política do Planalto, Ideli Salvatti. A presidente prometeu se reunir de três a quatro vezes ao ano com representantes da confederação, segundo disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

 

“As reuniões serão mais amiudadas. A presidenta nos convidou para que ao menos três a quatro vezes por ano a gente possa ter a presença dela nessas reuniões no sentido de encaminhar solução”, disse Ziulkoski.

 

O presidente da CNM disse que os prefeitos precisam melhorar a gestão dos municípios, arrecadar com mais capacidade e aplicar os recursos com mais eficiência. Durante a reunião, que ele classificou como “tranquila e profícua”, os prefeitos esclareceram questões que “não chegam à presidente”. “Não pela assessoria, mas pela realidade da vivência”, disse.

 

“Daqui em diante nós vamos ter efetivamente um trabalho mais coordenado para solucionar questões que a sociedade pede. Se a federação dialogar melhor, a Presidência da República com os municípios, várias situações que estão pendentes vão evoluir”, afirmou Ziulkoski.

 

Durante a Marcha dos Prefeitos, nesta quarta-feira, Ziulkoski saiu em defesa da presidente após as vaias e os gritos de parte da plateia, que pedia uma posição de Dilma a respeito do reajuste do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM.

 

Após Dilma deixar o local, ele pediu calma aos presentes e esclareceu que o R$ 3 bilhões anunciados pela presidente para custeio da saúde e da educação equivalem a um incremento de 1% do repassse feito via FPM.

 

Na reunião desta sexta, Ziulkoski disse que Dilma está “sabendo superar” o episódio, embora tenha negado que o assunto havia sido tratado durante o encontro.

 

“Estamos vendo que há disposição efetiva do governo [em dialogar mais], embora tenha havido ontem algumas questões traumáticas, mas a presidente, pela sua sabedoria, está sabendo superar e nós também”, disse Zilukoski.

 

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais disse que a reunião serviu para reafirmar o compromisso da presidente em “estreitar a relação entre governo federal e governo municipais”. “Vamos manter uma negociação permanente”, disse “até porque é impossível resolver tudo ao mesmo tempo”.