Sindicato quer intervenção no poder Judiciário de MT
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, participou em Cuiabá da assinatura de um protocolo de intenções para capacitar presidiários no Estado e recebeu uma solicitação diferente: pedido de intervenção do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat).
De acordo com o presidente do Sindicato, Rosenval Rodrigues dos Santos, a intervenção se deve ao fato de que o presidente do Tribunal de Justiça (TJ/MT), Mariano Alonso Travassos, não estaria atendendo as reivindicações da categoria, que promete paralisar as atividades por uma semana até o dia 19.
"Pedimos a ele que intervenha de alguma forma, pois ele tem que sensibilizar nossas autoridades do Estado e que não atendem nos reivindicação", afirmou Rosenval, ao anunciar que os servidores já decidiram em assembléia paralisar as atividades e montar barricadas no Fórum de Cuiabá até o dia 19. A paralisação deve se estender por uma semana e contar com apoio de grande parte dos mais de 5,5 mil servidores do Judiciário mato-grossense.
O Sinjusmat cobra o pagamento referente a férias e licenças-prêmios de administrações anteriores, promoção de carreiras a cada ano e mudança de Unidade Real de Valor (URV) para o real. Ao se encontrar com o ministro Gilmar Mendes, Rosenval entregou um documento que comprovaria que o Judiciário estadual teve R$ 34,5 milhões de sobra em caixa no mês de agosto, o que demonstraria o discurso de falta de recursos para bancar as reivindicações. Gilmar Mendes disse que vai avaliar o documento, mas preferiu não se manifestar sobre o pedido de intervenção feito pelo Sinjusmat. Rosenval alertou o ministro para a paralisação por em risco o cumprimento da Meta 2, do CNJ, que prevê agilidade no julgamento de processos que se arrastam desde 2005 na Justiça.
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