Sob lágrimas, Percival diz que foi vetado na CPI da saúde13

Os deputados Sérgio Ricardo (PR), Wallace Guimarães (PMDB) e Chica Nunes (PSDB) foram escolhidos para comandar as investigações da CPI da Saúde, respectivamente como presidente, relator e vice-presidente. A comissão foi instaurada para descobrir os motivos que levaram a saúde pública de Cuiabá ao caos. A escolha dos membros ocorreu após muita polêmica. O deputado Percival Muniz (PPS), autor do requerimento, saiu transtornado do encontro e não conteve as lágrimas diante da imprensa. "Não estamos contentes com essa decisão, mas se eles (republicanos) querem conduzir deste jeito, não podemos fazer nada", lamentou Percival, chorando muito. "Isso é muito difícil, essas coisas acontecem porque somos pequenos", declarou, numa referência ao fato do PPS ter apenas ele próprio na Assembleia Legislativa. Logo em seguida, Percival abandonou a coletiva aos prantos. Ele pediu desculpas e disse que não tinha condições de falar.

A revolta de Percival se deve ao fato do Palácio Paiaguás ter interferido no processo para que um republicano presidisse a CPI. Informações dão conta de que Mauro Savi, líder do governo, teria sido o grande responsável para que o socialista fosse "excluído" dos três principais cargos. Assim, Percival vê cair por terra o projeto de presidir às investigações e terá de se contentar com o cargo de membro. Além dele, o deputado Antônio Azambuja (PP) compõe o grupo.

Já Alexandre Cesar (PT), Mauro Savi (PR), Adalto de Freitas (PMDB), José Domingos (DEM) e Maksuês Leite (PP) ficaram como suplentes. O Paiaguás teria interferido por dois motivos: primeiro porque Percival é tido como polêmico, temperamental e pode agir de forma inconsequente e com viés político e, segundo, porque ele se reuniu a portas fechadas com o prefeito de Cuiabá, o que o teria colocado sob suspeição, mesmo ele assegurando que todas as denúncias seriam investigadas.