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Politica Brasil
Quinta - 29 de Outubro de 2009 às 09:10

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Alexadre Cesar revelou, na reunião da Executiva do PT na última segunda (26), que foi convidado para assumir a relatoria da CPI da Saúde, mas que preferiu declinar do convite por temor de desgaste e para evitar novos confrontos com o tucanato, principalmente com o prefeito cuiabano Wilson Santos e com o ex-senador Antero Paes de Barros. Procurador do Estado licenciado, Alexandre é um suplente que virou deputado graças a um jogo político combinado que resultou no licenciamento da Assembleia de Ságuas Moraes, secretário de Educação do governo Blairo Maggi desde janeiro de 2007, quando o PT pulou de opositor para aliado de carteirinha do Palácio Paiaguás.

A Presidência da AL, sob José Riva (PP), nomeou Alexandre como um dos cinco suplentes da Comissão, criada sob sugestão do deputado Percival Muniz (PPS) para investigar o caos na saúde pública em Cuiabá, principalmente quanto aos repasses financeiros do Estado para o Palácio Alencastro. A definição dos membros da CPI está causando confusão. Muniz não aceita ser excluído. Ele pleiteia a presidência ou relatoria. Apesar do Ato 14/09 sobre a escolha, inclusive já assinado por Riva, uma nova reunião nesta quinta deve redefinir os membros da Comissão. Por enquanto, fazem parte como titulares Muniz, Sérgio Ricardo (PR), Wallace Guimarães (PMDB), Chica Nunes (DEM) e Antonio Azambuja (PP). Na suplência estão Alexandre, Mauro Savi (PR), Adalto de Freitas (PMDB), José Domingos (DEM) e Maksuês Leite (PP).

No encontro petista na sede regional do partido, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá, Alexandre Cesar, derrotado para vice-prefeito em 2000 e para prefeito da Capital em 2004, comentou que Wilson Santos, pré-candidato a governador em 2010, poderia vir a confrontá-lo se viesse a assumir o cargo de relator da CPI da Saúde. Lembrou de divergências políticas e do risco do PSDB reagir de forma violenta, principalmente por parte de Antero, um dos aliados de Santos que atua forte nos bastidores como espécie de "alimentador do comitê da maldade".

Razões

A preocupação do petista não é à-toa. Ele ainda se vê acuado por causa da acusação de uso de caixa 2 na campanha para prefeito e do rombo milionário que deixou no caixa do PT, do qual foi presidente estadual. Desde 2007 o deputado responde, inclusive criminalmente, pela acusação de fraudes na prestação de contas. Alexandre era uma das promessas políticas como oposição. Antes de chegar à Assembleia, cobrava e denunciava autoridades políticas. José Riva, por exemplo, foi um dos alvos das ações do petista, que cobrava punição contra o parlamentar do PP por atos de improbidade à frente da Mesa Diretora da Assembleia. Hoje, no cargo de deputado, Alexandre prefere o silêncio a comentar o assunto. Ele fez campanha dura contra o governo Blairo Maggi, a quem enfrentou nas urnas de 2002. Hoje, como parlamentar, se tornou um dos principais aliados do Paiaguás.





Fonte: RD News

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