<b>Em um ano, 20 prefeitos são cassados </b>
Vinte dos 141 prefeitos eleitos tiveram os mandatos cassados
Um ano após as eleições municipais de 2008, 20 dos 141 prefeitos eleitos em Mato Grosso já tiveram o mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Em dez municípios, os prefeitos eleitos conseguiram retornar ao cargo por causa de recursos interpostos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A guerra judicial travada na luta pelo cargo e o entra e sai de prefeitos, que muitas vezes trocam toda a equipe assim que assumem o cargo, causa instabilidade e ruptura das políticas públicas desenvolvidas pela municipalidade, principalmente na área social, Saúde Pública e Educação.
Em quatro cidades, o segundo colocado nas eleições assumiu a prefeitura. Em Cáceres, Diamantino, General Carneiro e São Pedro da Cipa quem ficou em segundo lugar tomou posse. Em Araguainha e Novo Horizonte do Norte houve eleições suplementares. O prefeito eleito de Araguainha, Osmari César de Azevedo (PR) teve o registro de candidatura indeferido depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou prestação de contas da sua gestão, por suposto desvio de recursos federais. A eleição suplementar realizada no dia 31 de maio deste ano elegeu o prefeito José Ocifarme Ferreira (PPS). Já o prefeito eleito de Novo Horizonte do Norte, Agenor Evangelista da Silva (DEM) teve indeferido o registro de sua candidatura depois que o TCE reprovou as contas de sua gestão.
Em Ribeirão Cascalheira e Santo Antônio de Leverger a situação é mais crítica, já que os presidentes das Câmaras, que já se dedicam à tarefa de legislar, fiscalizar as contas da prefeitura e cuidar da administração do Legislativo Municipal, ainda acumulam o cargo de prefeito. O prefeito de Ribeirão Cascalheira, Francisco de Assis dos Santos, Diá (PT) responde a três processos que se encontram em grau de recurso no TRE por compra de votos, o que levou à cassação de seu mandato e à posse provisória do presidente da Câmara, Daniel Correia Beraldo. Em Santo Antônio de Leverger o prefeito Faustino Dias Neto foi afastado por abuso de poder econômico, compra de votos, cassação de registro de candidatura e declaração de inelegibilidade.
O prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), se mantém no cargo por força de liminar; e o prefeito de Cláudia, Vilmar Giachini (PMDB), foi mantido no cargo após reforma da decisão de primeira instância que cassou seu mandato. Os dois são acusados de compra de votos.
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