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Brasil investe em biodiesel feito a partir de algas
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) firmaram este mês um convênio para a realização de pesquisas com microalgas com o objetivo de desenvolver tecnologias de cultivo da espécie como matéria-prima para a produção de biocombustível. Enxergadas somente com lentes de grande ampliação, microalgas são organismos que vivem na água, utilizam a luz solar para se desenvolver e são altamente produtivos. Algumas espécies têm elevado teor de lipídeo (óleo), e é justamente aí que reside o interesse da pesquisa: elas podem ser uma fonte de biodiesel bastante favorável e ainda gerar subprodutos para alimentação humana e animal.
“Queremos selecionar as espécies mais produtivas e também estudar a biodiversidade paranaense para buscar novos materiais promissores”, explica a pesquisadora do Iapar e coordenadora do projeto, Diva de Souza Andrade. O estudo do potencial das microalgas como fonte básica para a produção biocombustíveis não é novidade no mundo. Os Estados Unidos e o Japão possuem programas de pesquisa bastante avançados na área e, mais recentemente, uma empresa da Argentina anunciou a comercialização em larga escala do combustível feito a partir do vegetal. A Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro também mantém pesquisas com microalgas e em 2008, os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Pesca e Aqüicultura publicaram um primeiro edital para seleção de projetos de pesquisa com microalgas.
A Petrobras também está apostando no desenvolvimento tecnológico dessa alternativa. Em parceria comas universidades federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Centro de Pesquisas (Cenpes) da empresa realiza pesquisas com microalgas que vivem nas águas salinizadas do litoral do Norte do Brasil e na água proveniente de produção de petróleo do Pólo Industrial de Guamaré, no Rio Grande do Norte.
O interesse mundial pelo tema se justifica pelo alto potencial desses microrganismos na produção de óleo. Segundo Diva Andrade, as microalgas se multiplicam rapidamente e têm alta capacidade de fotossíntese. Por isso, podem ser pelo menos cinco vezes mais produtivas do que o dendê, que é apontado como a oleaginosa de maior produtividade para biocombustível. A facilidade para extração do óleo é outro fator positivo. As microalgas formam grandes massas nas águas e para obter o sub-produto basta prensar o material.
Segundo a pesquisadora, um dos maiores desafios a vencer é o custo de produção elevado, uma vez que o cultivo em larga escala exige tanques específicos, chamados de fotobiorreatores. O nó da pesquisa é justamente conseguir alcançar um modelo de reservatório viável economicamente, a melhor tecnologia para o manejo e, principalmente, a técnica mais favorável para coleta das microalgas. Mas o desafio não assusta a pesquisadora, “temos a oportunidade de iniciar uma linha de pesquisa nova e altamente promissora não só em termos de energia renovável como subprodutos derivados da sua produção”, conclui. O projeto terá o aporte de R$ 2,2 milhões em dois anos.
“Queremos selecionar as espécies mais produtivas e também estudar a biodiversidade paranaense para buscar novos materiais promissores”, explica a pesquisadora do Iapar e coordenadora do projeto, Diva de Souza Andrade. O estudo do potencial das microalgas como fonte básica para a produção biocombustíveis não é novidade no mundo. Os Estados Unidos e o Japão possuem programas de pesquisa bastante avançados na área e, mais recentemente, uma empresa da Argentina anunciou a comercialização em larga escala do combustível feito a partir do vegetal. A Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro também mantém pesquisas com microalgas e em 2008, os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Pesca e Aqüicultura publicaram um primeiro edital para seleção de projetos de pesquisa com microalgas.
A Petrobras também está apostando no desenvolvimento tecnológico dessa alternativa. Em parceria comas universidades federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Centro de Pesquisas (Cenpes) da empresa realiza pesquisas com microalgas que vivem nas águas salinizadas do litoral do Norte do Brasil e na água proveniente de produção de petróleo do Pólo Industrial de Guamaré, no Rio Grande do Norte.
O interesse mundial pelo tema se justifica pelo alto potencial desses microrganismos na produção de óleo. Segundo Diva Andrade, as microalgas se multiplicam rapidamente e têm alta capacidade de fotossíntese. Por isso, podem ser pelo menos cinco vezes mais produtivas do que o dendê, que é apontado como a oleaginosa de maior produtividade para biocombustível. A facilidade para extração do óleo é outro fator positivo. As microalgas formam grandes massas nas águas e para obter o sub-produto basta prensar o material.
Segundo a pesquisadora, um dos maiores desafios a vencer é o custo de produção elevado, uma vez que o cultivo em larga escala exige tanques específicos, chamados de fotobiorreatores. O nó da pesquisa é justamente conseguir alcançar um modelo de reservatório viável economicamente, a melhor tecnologia para o manejo e, principalmente, a técnica mais favorável para coleta das microalgas. Mas o desafio não assusta a pesquisadora, “temos a oportunidade de iniciar uma linha de pesquisa nova e altamente promissora não só em termos de energia renovável como subprodutos derivados da sua produção”, conclui. O projeto terá o aporte de R$ 2,2 milhões em dois anos.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/152368/visualizar/
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