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Politica Brasil
Segunda - 26 de Outubro de 2009 às 08:30

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Entra e sai governo e as problemáticas de um Estado inchado, burocrático e lento continuam, enquanto o setor privado está a anos-luz dessa discussão. Uma das promessas do governo Blairo Maggi, empossado em janeiro de 2003, seria promover uma ampla reforma administrativa. Essa proposta praticamente foi arquivada. A estrutura do primeiro escalão, por exemplo, acabou se ampliando para 23 secretarias. O governo argumenta que teve de engavetar o projeto sobre reforma por causa do aumento da demanda diante de um Estado que detém orçamento na casa dos R$ 8 bilhões anuais e com quase 100 mil servidores públicos.

Os eleitores traçam comparativos dos governadores eleitos e/ou reeleitos pós-divisão (com exceção do biônico Frederico Campos), processo consolidado em 1979, com surgimento do vizinho Mato Grosso do Sul. As opiniões se dividem. Uns garantem que somente nas gestões Frederico (79/83), Jayme Campos (91/94) e Dante de Oliveira (1995/2002) foram desenvolvidos projetos de reforma. Frederico, por exemplo, criou espécie de lei orgânica regional, mas não conseguiu efetivar as mudanças.

Por outro lado, há outros que acusam os governos dos irmãos Júlio e Jayme Campos de "implodirem" a máquina, com criação de órgãos e empresas como Cemat, Bemat, Sanemat, Cohab, Metamat, Cepromat, Iomat, Cormat e Codemat. Nem todas surgiram sob os Campos. As que foram extintas deixaram passivos àquelas que são mantidas até hoje. São por situações como essas, de administradores inconsequentes e que se sentiram à vontade devido à falta de regulação, que o Estado de Mato Grosso não possui mais capacidade de endividamento. Até nos anos 1990 não existia a Lei de Responsabilidade Fiscal, que veio a impor limites sobre as gastanças.

Nesta época de pré-campanha, os eleitores começam a entrar na discussão sobre quem fora o melhor gestor, traçam perfil dos virtuais candidatos a governador em 2010 e já partem para a bolsa de apostas. De um lado, se vê um Blairo Maggi oriundo da iniciativa privada que priorizou projetos de infraestrutura, com avanço na construção de rodovias e casas populares, mas bate-cabeça em outros setores, como no social, saúde e meio ambiente.

Dante passou os oito anos com discurso na redução do tamanho da máquina, demitiu quase 10 mil servidores e construiu meia dúzia de casas populares. Agora, Maggi abriu 10 mil vagas para serem preenchidas por meio de concurso público cujas provas serão aplicadas no próximo mês. Os populistas Carlos Bezerra e Jayme Campos "pintam" seus governos como "os melhores da história de Mato Grosso" e, com esse discurso, sonham em voltar ao Palácio Paiaguás, nem que sejam como coadjuvantes.





Fonte: RD News

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