Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 26 de Outubro de 2009 às 08:18
Por: Valdinei Barbosa

    Imprimir


“Política é que nem nuvem, cada dia está de um jeito”, já dizia o saudoso deputado federal do PMDB do estado de São Paulo Ulysses Guimarães. Talvez isto seja uma grande verdade. No início da semana o governador Blairo Maggi colocou o pé no freio, e retardou o anúncio da sua pré-candidatura ao senado, embolando todo o processo para a disputa da câmara alta do congresso nacional. E para causar mais reviravolta no processo eleitoral reuniram-se sete partidos - PDT, PSB, PPS, PV, PMN, PRTB e PC do B – com intenção de formar uma alternativa para sucessão ao Palácio Paiaguas.

Esses setes partidos procuram construir uma terceira via para disputar a eleição de 2010, trilhando um caminho alternativo a polarização entre Wilson Santos do bloco de oposição e Silval Barbosa da base governista. A ideia dessas lideranças capitaneadas por Percival Muniz líder do PPS, Otaviano Pivetta presidente regional PDT e Valtenir Pereira, deputado federal e presidente do PSB é construir um projeto alicerçado em conceitos para Mato Grosso. Entendem que além de Muniz e Pivetta, Mauro Mendes possue capilaridade política e eleitoral para também liderar este projeto.

Existe um equivoco enorme quando a oposição critica a gestão de Maggi, e não apresentam soluções permanecendo apenas no “denuncismo”. A sociedade procura um projeto que apresente soluções para os principais problemas do atual governo nas áreas da saúde, educação e segurança pública. Os matogrossenses aguardam alguém que coloque a educação como investimento e não como gasto público, ninguém aguenta mais os altos índices de violência. Os bandidos vivem nas ruas, os cidadãos reféns e trancados em suas casas. Outro problema, a saúde pública está doente e agonizando há muito tempo.

Silval Barbosa - pré-candidato da base governista - erra muito quando se apresenta com a ideia de continuísmo, pois todos os desgastes e problemas não resolvidos pelos sete anos de mandato da gestão Blairo serão herdados e carimbados a sua pessoa. O vice-governador precisa demonstrar para sociedade matogrossense que tem capacidade de gestão, que consegue corrigir os problemas que serão deixados pela administração republicana e que tem conteúdo. Precisa atrair novos aliados para sua base de apoio e provar que pode ser um candidato viável.

O novo governador de Mato Grosso será alguém com conceito e ideias propositivas, alguém que faça mais que o atual governo, alguém que se apresente para administrar pós-Blairo. Não adianta satanizar Maggi, pois além de estar bem avaliado pela opinião pública, de acordo com pesquisas recentes, não disputará o governo em 2010. O futuro chefe do Paiaguás será alguém que tenha condições de implantar um modelo de gestão baseado na eficiência dos gastos públicos, redução de impostos e produza crescimento econômico com desenvolvimento sustentável.

O próximo governador precisa trabalhar na construção de capital social, educação e trabalho de qualidade.

VALDINEI BARBOSA, administrador de empresas/UFMT, analista político e secretário de Relações Institucionais do PDT/MT valdineibarbosa1974@gmail.com





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/152382/visualizar/