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Politica Brasil
Sábado - 24 de Outubro de 2009 às 10:47
Por: João Arruda

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Faltando pouco menos de um ano para as eleições gerais, as disputas começam a “ferver” na região da "Grande Cáceres". O mega-empresário Francis Mariz Cruz, que preside o diretório do Partido do Movimento Democratico Brasileiro (PMDB), em entrevista a Rádio Clube FM, foi quem deu o tom do que pode ser a campanha eleitoral na briga por cadeiras na Assembléia Legislativa de Mato Grosso. Detalhe há quatro legislaturas consecutivas a cidade de Cáceres não vem tendo êxito em eleger um parlamentar estadual. Em 2010 a população completa 20 anos sem assento Legislativo.

Detentora de um colegio eleitoral com aproximadamente 70 mil eleitores, Cáceres é pólo de 23 municipios do Oeste do Estado, cujo total de votos aproxima-se de 200 mil somando todas a cidades e distritos. No entanto, as constantes pulverização de votos dentro da própria cidade, e ainda a penetração de candidatos de outras regiões do Estado, tem contribuído para o ampliar o período de Cáceres sem representação no Parlamento Estadual.

Diante desse cenário o empresario Francis Cruz, que já tinha ensaiado seu ingresso na carreira política em 2006 e 2008 chegou a ser cogitado para concorrer a Prefeitura local, decidiu abrir a polêmica. Ele destacou além da pulverização de votos uma crônica disputa paroquial de Cáceres com vários candidatos medindo forças, o fato de alguns lideres políticos da região também postularem candidaturas.

Francis citou como exemplo o ex- prefeito de Reserva do Cabaçal. Segundo ele , Ezequiel Angelo da Fonseca seria um político forçado a comprar votos. Apontou que a cidade de domicilio eleitoral de Ezequiel conta com menos de 800 eleitores. Francis fez uma comparação que com esses votos se todos os moradores de Reserva do Cabaçal votassem Ezequiel não teria como se eleger a vereador em Cáceres, cujos vereadores eleitos tiveram acima de 870 votos. "No caso do Ezequiel da Reserva, se ele quiser se eleger tem sair por aí, comprando votos em outras cidades, pois na sua base eleitoral não tem votos nem para se eleger vereador em Cáceres" - alfinetou. E em seguida complementou " são essas razões que Cáceres é duramente penalizada por falta de representação politica na Assembléia" - disse Francis.

O empresário fez questão de destacar que a cidade de Cáceres tem votos para eleger entre dois ou três deputados estaduais, porém faz se necessario uma ampla discussão multipartidária e com participação da sociedade regional. "Já tivemos três deputados eleitos em Cáceres, Ernani Martins , Walter Fidelis e Ninomiya Miguel" - recordou Francis. Ele mencionou ainda que a região tinha ainda Aldo Borges e Samuel Greve (Mirassol). Mais tarde contava com Antonio Amaral e Jair Benedetti, além de Geraldo Reis (Salto do Céu). “Hoje é saudosismo” – ironizou.

Atualmente o PSDB de Cáceres apresenta duas candidaturas para o mesmo cargo um deles é filho o ex-senador Marcio Lacerda, o Marcinho Lacerda, que tem percorrido tod a região reestruturando os diretorios tucanos. O outro é o professor universitario Celso Fanaia Teixeira, o Tetinho, eleito no ano passado ao cargo de vereador com expressiva votação. Fanaia está sendo cotado para concorrer ao cargo de reitor na Unemat, e poderia abdicar da Assembléia Legislativa, num entendimento de cúpula.

No PT o ativista social Alonso Batista, também exercendo cargo de vereador é citado como provável candidato a deputado estadual. A eleição de Alonso surpreendeu muitos figurões da política em Cáceres. No entanto, há vários anos ele vinha militando em movimentos sociais e foi apoiado pelo Movimento Eclesial de Base, da extensa Diocese de Cáceres.

No PP o policial militar reformado Leomar Amarante é o mais cotado para concorrer a AL, muito embora seu colega de partido Taisir Karin (atual reitor da Unemat) também postula essa candidatura, mas sabe que a preferência de Pedro Henry e de José Riva é centrada no Leomar que vem demonstrando liderança junto aos praças da PM em todo estado particularmente na região Oeste. Motta detém três mandatos consecutivos, todos acima de mil votos em Cáceres.

No PPS, aparece a delegada de Policia Civil, Helizabeth Reis, apontada como provavel candidata para deputada estadual. Segundo o presidente do PPS, Geraldo Leão, a propositura de Helizabeth tem aval do deputado Percival Muniz, atual dirigente do PPS regional em Mato Grosso.

O nome mais cotado pelo PDT para ser deputado é do vice prefeito Wilson Kishi, que estaria disposto a concorrer pela terceira vez a uma cadeira na AL. Nas duas ultimas disputas conseguiu apenas o cargo de suplente de deputado. Ainda no PMDB tem se cogitado o nome do procurador Bruno Homem de Mello. No entanto analistas políticos apontam que não tem perfil de deputado, além do mais seu pai é considerado um dos maiores latifundiários urbanos de Cáceres, e não estaria disposto a bancar a candidatura do garoto.

O PTB o nome mais comentado é do ex-prefeito Masato Nakahara, cujo ultimo cargo exercido foi de vice-prefeito de Ricardo Henry, é nome que também tem penetração regional e conta com aval do diretorio regional .

Cabe registrar que a região conta atualmente com dois deputados Airton Rondina Luiz, o Portugues, de Araputanga e Antonio Carlos Azambuja, de Pontes e Lacerda. A postura de Português é alvo de freqüentes criticas na região de Cáceres, principalmente pelo fato dele ter obtido milhares de votos na cidade, mas que não se posiciona em defesa de assuntos regionais, especialmente em defesa da Unemat cuja sede é em Cáceres. Quanto ao medico Antonio Carlos Azambuja, embora com poucos meses no cargo, após a cassação de Walter Rabello e a ida de Campos Neto para o TCE, tem se destacado em ações voltadas para a região.





Fonte: de Cáceres

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