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Politica Brasil
Sexta - 23 de Outubro de 2009 às 12:54

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Uma declaração polêmica do pré-candidato a governador e prefeito Wilson Santos, durante encontro regional do PSDB em Rondonópolis no último dia 17, acabou gerando mal-estar, racha político e resultou até em aprovação de pedido de CPI na Assembleia para investigar as razões do caos na saúde pública em Cuiabá. O deputado Percival Muniz (PPS), ex-prefeito de Rondonópolis, entendeu que as insinuações com teor de denúncia de Santos seriam para atingir sua imagem e, nos bastidores, reagiu atacando uma área complexa e problemática da gestão tucana: a saúde.

Em discurso na reunião do tucanato e com a presença do aliado peemedebista, o prefeito rondonopolitano Zé do Pátio, Wilson Santos revelou que existia um plano B contra Alberto de Carvalho, então prefeito de Rondonópolis no final dos anos 1990, caso este não viesse a renunciar ao mandato. Segundo o tucano, Alberto, que estava compondo a mesa de convidados, seria eliminado fisicamente. O então peemedebista acabou optando pela renúncia em meio a várias denúncias de irregularidades na gestão. Percival Muniz era vice e, com a renúncia, assumiu a prefeitura, recuperou o prestígio político e veio a ser reeleito em 2000.

Após as declarações de Santos, Muniz começou a contrapô-lo. Seu pedido de CPI na Assembleia obteve 12 assinaturas, quatro a mais do mínimo exigido para abertura de investigação. Mesmo em meio a um clima tenso, o prefeito cuiabano conversou nesta sexta com Muniz e acertou uma visita ao deputado na próxima segunda (26), acompanhado do vice-prefeito Chico Galindo e do secretário municipal de Saúde, Luiz Soares.

Santos adianta que vai parabenizar Muniz pela iniciativa de pedir investigação. "Vejo nesse trabalho da Assembleia uma oportunidade única para fazermos um diagnóstico completo na saúde pública de Cuiabá", diz o prefeito, em entrevista ao RDNews. Para o tucano, a CPI será oportuna para se analisar todos os aspectos, inclusive a participação dos entes federativos, os termos de cooperação técnica e convênios e quantidade de atendimento. Adianta que a prefeitura vai abrir as portas de todas as unidades de saúde para a CPI. Defende que se apure o número de pacientes que chegam a Cuiabá sem qualquer regulação e que a futura Comissão Parlamentar de Inquérito visite as casas de amparo, algumas mantidas pelos próprios deputados. Santos diz que é importante também levantar a gestão fiscal para descobrir o rigor com que o seu secretário Soares atua. Chega a dizer que esse controle financeiro serve de exemplo para o país.

Wilson Santos entende que a CPI será boa e oportuna para esclarecimento de aspectos positivos e negativos e diz torcer para que Assembleia venha apresentar rumos para o setor e que levante respostas, como, por exemplo, da previsão de como e quando vão funcionar os hospitais Central, de Cuiabá, e Metropolitano, de Várzea Grande. "Espero também que a prefeitura tenha oportunidade para apresentar solução".

Em meio à crise na saúde, agravada com embate com os médicos, alguns em greve e outros com pedidos de demissão formalizados, o prefeito declarou que ficou estabelecido no Palácio Alencastro que, a partir de agora, quem vai falar sobre o assunto em nome do município será ele próprio e não mais membros do staff, como o procurador-geral Ussiel Tavares, o vice Galindo e o também secretário Soares.





Fonte: RD News

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