Partidos aliados terão vez, garante o vice-governador

O vice-governador Silval Barbosa (PMDB) já tem uma estratégia para conquistar partidos aliados, mas com pé fora do arco de alianças (lPP e DEM). Ele pode assumir no início de 2010, (mesmo o governador Blairo Maggi negando que tenha definido uma data, só o fato de deixar o Estado abrindo a gestão para seu vice). Quando Maggi sair, leva junto todo seu secretariado. Silval vai ficar à vontade para formar a equipe e abiri espaço para os aliados que disputarão as eleições acompanhando seu governo e participando decisivamente.

Essa sempre foi uma das principais reclamações dos partidos aliados em relação ao governador Blairo Maggi, que escolhia filiados nos partidos, mas com indicação pessoal sua, o que desagradou a muitos dirigentes partidários. O governo de coalização que o peemedebista vai propor aos aliados, será em todos os sentidos, sendo que ele formalizará a continuidade numa eventual eleição e continuidade de mandato.

O governador Blairo Maggi (PR) deixou escapar durante entrevista ontem que está constantemente conversando com os principais lideres partidários, do PP, o presidente da Assembleia, José Riva e do DEM, o senador Jaime Campos, conversas que Riva reputou como essenciais na construção de uma unidade eleitoral. Apesar de admitir conversas, Riva lembra que somente no ano que vem é que o PP vai dar resposta à sociedade de qual o caminho que ele pretende percorrer nas eleições do próximo ano e de quem se fará acompanhar.

Se Blairo Maggi e Silval Barbosa montarem um governo de coalizão com todos os partidos aliados, a possibilidade de uma coligação nas eleições se tornarão muito mais realistas. "Nós estamos aberto ao diálogo, estamos procurando os aliados para conversarem e acreditamos na possibilidade de reeditarmos o arco de alianças que nos prestigiou durante duas disputas, 2002 e 2006", pontuou Maggi descartando qualquer possibilidade de assumir um ministério, mesmo reconhecendo que ainda não conversou com o presidente Lula a respeito de sua decisão em disputar uma das duas vagas para o Senado.

"A única coisa decidida até o momento, é o fato de que eu deixarei o governo do Estado para meu vice. Agora quando, como, eu ainda não sei, mas assim que tiver a decisão eu anuncio", disse Blairo Maggi, que pela legislação tem até 03 de abril para se desincompatibilizar.

O governador não confirmou que sair do Estado representa que disputará as eleições ou será ministro. "Gosto de dar um passo de cada vez, em que pese todos me pressionarem", ponderou Maggi.