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Politica Brasil
Quarta - 21 de Outubro de 2009 às 19:10
Por: Alline Marques

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Com discurso de candidato, o governador Blairo Maggi (PR) criticou os governos anteriores pelos empréstimos adquirido ao longo dos anos e destacou que nestes sete anos de mandato não teve a possibilidade de realizar nenhum financiamento, devido à alta dívida e que não pode ser identificada.

"No passado foram feitos muitos financiamento e não tem como fazer uma radiografia de onde foram aplicados os R$ 5 bilhões adquiridos. Não tem como fazer fotos e não tem obras", criticou.

Maggi aproveitou a solenidade de assinatura do protocolo de intenções com o Banco do Brasil para destacar que pela primeira vez realizou um financiamento, com a intenção de ajudar os municípios que ficaram "órfãos" com a perda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

"Hoje podemos buscar o primeiro financiamento e este dinheiro não está sendo usado para o Estado e sim para os municípios, para que possam fazer mais pela população, porque é nas cidades que mora o cidadão. Este recurso tem endereço certo: as Prefeituras", enfatizou.

O governador fez questão de ressaltar que todas as ações do governo foram feitos com recursos próprios. "As 70 mil casas construídas e os quase 4 mil quilômetros de asfalto feito pelo Estado foram todos com recursos do Estado", destacou. Para Maggi, este é o exemplo da aplicação correta dos recursos e de uma gestão eficiente.

O protocolo assinado nesta quarta-feira com o Banco do Brasil assegura em torno de R$ 2 bilhões para financiamentos ao agronegócio mato-grossense na safra 2009-2010 e implementa o Projeto Regional Centro-Oeste no Estado. "Estes recursos vão para os assentamentos e para agricultura familiar. Agora chegou à hora de fazer justiça com aqueles que colaboraram com a conta do Estado e não estavam sendo beneficiados", declarou Maggi.

Outros investimentos

Além da aplicação de recursos nos municípios, Maggi vai utilizar parte do recurso para aquisição de 80 ônibus adequados para os portadores de necessidades especiais que serão doados à Apae e Pestalozzi. "É uma forma de reconhecimento pelo trabalho dessas que fazem o bem sem olhar a quem", enfatizou.

A outra fatia do bolo, o governo irá aplicar nos municípios com grandes assentamentos que sofrem com a falta de água. "Conversamos com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), mas nunca resolve então agora vamos ajudar", justificou.

O governo irá comprar caminhões para cavar poços e amenizar o problema da falta de água nos assentamentos do Estado.

O projeto

O projeto é uma iniciativa da instituição que aperfeiçoa parcerias com os Estados do Centro-Oeste, para o Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) com aplicações de R$ 150 milhões até dezembro de 2011, que beneficiará pelo menos 28 mil famílias que atuam na agricultura familiar. Todos os 141 municípios de Mato Grosso poderão recorrer ao financiamento, mas as regiões dos consórcios rodoviários terão prioridades.

As cadeias prioritárias do projeto são a bovinocultura leiteira, horticultura, piscicultura e ovinocaprinocultura. No total, o Projeto Regional Centro-Oeste no Estado dispõe de uma carta de R$ 7,5 bilhões para financiamentos à agricultura familiar; agricultura empresarial; micros, médias e grandes empresas; microcrédito e setor público. Mato Grosso é o primeiro Estado da região a firmar a parceria.

São parceiros da iniciativa também as prefeituras, Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), entre outras entidades representativas dos microempresários. A parceria busca dar melhores condições de emprego e renda principalmente a agricultura familiar, a exemplo do produtor de leite de Juscimeira, Francisco de Assis. Representante da Cooperativa Comajul, ele contou que com o financiamento, a juros de 2% ao ano, já conseguiu aumentar o rebanho e prevê um aumento na produção de 450 litros por dia a 600L/dia. Assis estima um ganho de no mínimo R$ 3 mil com incremento.





Fonte: Olhar Direto

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