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Politica Brasil
Quarta - 21 de Outubro de 2009 às 16:25
Por: Justina Fiori

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Se você pensou que já tinha visto tudo nesta vida, pode esquecer. É possível acreditar que um cidadão possa ter um CPF com o número 99999999999? E que tal o número 11111111111? Pois o prefeito de Alto da Boa Vista, Aldecides Milhomem, vem tentando convencer a Justiça Eleitoral de que esses números existem e os proprietários desses CPFs teriam prestado serviço a ele, enquanto candidato, em 2008. Os números constam da prestação de contas do então candidato e já foram motivo de ação de pedido de impugnação de mandato, que dorme nas gavetas da Justiça Eleitoral.

A lista de invenção dos CPFs é longa e não muito criativa. O mesmo número chegou a ser atribuído ao CPF de várias pessoas, como o citado acima: teriam o mesmo CPF 99999999999 pelo menos três eleitores de Alto da Boa Vista e todos trabalharam para o mesmo candidato a prefeito. Em situação inversa, uma mesma pessoa foi apontada como tendo dois CPFs e de números diferentes – 66666666666 e 88888888888. A Receita Federal já constatou que pelo menos 60 CPFs que constam na prestação de contas do então candidato não existem.

O prefeito Aldecides Milhomem (DEM) é acusado de falsificação de documentos e abuso do poder econômico. Em um município com pouco mais de 3 mil eleitores, o então candidato contratou 300 deles como cabos eleitorais no ano passado, o que poderia ter influenciado diretamente no resultado das urnas.

Apesar de tudo isso, o prefeito Aldecides Milhomem continua no exercício do mandato e, para protelar uma decisão da Justiça Eleitoral, resolveu pedir a suspeição do juiz encarregado do caso e conseguiu, com isso, que os processos continuem paralisados.

O prejudicado com tudo isso é o candidato do Partido da República, Vanderley Perin, que disputou as eleições contra Aldecides Milhomem.

“O resultado das eleições em Alto da Boa Vista foi uma farsa”, diz Emanuel Pinheiro, secretário-geral do PR. “Um escandaloso desrespeito à vontade popular. Temos a esperança no trabalho isento da Justiça Eleitoral”.





Fonte: 24 Horas News

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