Mangabeira e Temer discutem anúncio oficial do pré-acordo PT-PMDB
Ao lado do ex-ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), a cúpula do PMDB fechou nesta quarta-feira o texto que será discutido com as lideranças do PT para o anúncio oficial do acordo entre os dois partidos para a disputa eleitoral de 2010.
O presidente licenciado do PMDB e presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), recebeu para um café da manhã a presidente do PMDB, deputada Íris de Araújo (GO) e o ex-ministro, que após deixar o governo se refiliou ao partido. No documento, PT e PMDB devem formalizar os compromissos e plataformas políticas para que as duas siglas estejam juntas em 2010.
A nota oficial sobre a parceira eleitoral deve ser divulgada no início da tarde de hoje. A união das legendas foi formalizada na noite de ontem, durante jantar no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a presença da cúpula dos dois partidos.
Em conversas reservadas, Mangabeira que saiu do governo para reassumir a função de professor na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, tem dito que PMDB, maior partido do país, é melhor alternativa política para o desenvolvimento do Brasil. O ex-ministro tem viajado o país ministrando palestra para os diretórios regionais do PMDB.
Segundo reportagem da Folha publicada hoje, o pré-acordo eleitoral formalizado ontem entre o PT e o PMDB vai garantir à pré-candidatura à Presidência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o dobro de tempo de propaganda gratuita na TV.
O interesse do PT está no fato de o PMDB ser hoje a principal legenda do país, com o maior número de prefeitos e congressistas. Por isso, tem o maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito da campanha.
Segundo a reportagem, o PMDB pode chegar a ter 16% do tempo semanal de propaganda na TV. O PT teria 15% e o PSDB, 13%. Isso levando em consideração a hipótese de sete candidaturas à Presidência: Dilma, o governador José Serra (PSDB-SP), a senadora Marina Silva (PV-AC), o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e mais três candidaturas de partidos nanicos.
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