Governador Blairo Maggi visita Tangará da Serra na próxima sexta

O governador Blairo Maggi estará em Tangará da Serra nesta sexta-feira pela manhã. Ele vem à região com o principal objetivo de inaugurar os 340 quilômetros de pavimentação da MT-170 até o município de Juína e aproveitará para estabelecer contatos políticos visando as eleições do ano que vem.

Em Tangará da Serra, Maggi se reunirá com lideranças locais do seu partido, o PR, e também com o prefeito Júlio César Ladeia. Na oportunidade, o prefeito apresentará ao governador uma lista de reivindicações de obras que teriam condições de serem realizadas através de parceria entre estado e município. De acordo com a assessoria da prefeitura, após o encontro, Ladeia acompanhará Maggi na inauguração, programada para sábado.

Na prática, a obra a ser inaugurada servirá de pretexto para articulações políticas por parte do governador. A presença do senador Jayme Campos significa a tentativa de um entendimento com um ex-aliado e hoje provável adversário de peso na disputa pelo Paiaguás. Se Campos sair como candidato ao governo, deverá ser acompanhado por PSDB, PTB, PPS e PP, o que resultará num grupo difícil de ser batido numa eleição, mesmo estando a máquina do governo sob controle do PR e do PMDB.

Em tese, se a aliança DEM/PSDB/PP/PPS/PTB se consolidar, terá grande densidade eleitoral em todo o interior do estado, através do próprio Jayme Campos, com reforço do PP de José Riva (centro-norte do estado) e Pedro Henry (região oeste). Na baixada cuiabana, além do próprio senador, Wilson Santos poderá ser garantia de uma expressiva votação. Desta forma, resta a Blairo Maggi abrir caminho para um entendimento com Jayme Campos.

OUTRO RUMO - O governador resolveu confirmar, nos últimos dias, sua pré-candidatura ao Senado Federal, numa clara mudança de postura em relação ao próximo pleito. Num primeiro exame, a possível candidatura de Maggi ao Senado pode representar a ratificação de seu apoio ao vice-governador Silval Barbosa, do PMDB.

Blairo Maggi estaria, inclusive, disposto a sair do governo em 31 de dezembro, abrindo espaço para Barbosa ficar à frente do Paiaguás. Seria uma estratégia para o pré-candidato do PMDB ganhar musculatura política. Ao mesmo tempo, estando fora do governo, Maggi teria mais tempo para convencer Jayme Campos a permanecer no arco de alianças e, assim, reverter um quadro extremamente adverso para as eleições de 2010, além de isolar o PSDB na disputa.