Maggi confirma renúncia e vai negociar ministério com Lula

O governador Blairo Maggi (PR) pretende conversar com o presidente Lula (PT) sobre a possibilidade de assumir um ministério antes de definir se lançará candidatura ao Senado. O chefe do Executivo informou nesta terça (20) aos membros do diretório estadual do PR que também poderá atuar na campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República. “Uma coisa é certa: ele deixará o governo e o Silval vai assumir. Mas a candidatura a senatória ainda depende dos entendimentos em Brasília”, disse o deputado federal Wellington Fagundes, após deixar a reunião com a cúpula republicana no Palácio Paiaguás. Maggi deixa a administração até fevereiro, conforme o RDNews já havia antecipado com exclusividade.

Membro da base aliada, o deputado federal Carlos Abicalil (PT) ficou encarregado de articular uma reunião entre o governador e o presidente Lula. “Quando visitou Mato Grosso, o presidente sinalizou com a possibilidade de Maggi assumir um ministério. Vamos negociar isso em Brasília”. Na condição de presidente da executiva regional do PR, Wellington frisou que o desejo dos republicanos é que o governador encampe a candidatura ao Senado, apesar de admitir que o ministério também proporciona enorme poder de barganha à legenda. “Nossa prioridade é que o governador seja candidato mas, tanto no cargo de ministro como no de senador, ele estará ajudando o partido”.

Conforme Wellington, o governador aguardará até dezembro uma resposta do presidente Lula. “Essa decisão precisa ser tomada até dezembro. De qualquer forma, no início do ano Maggi deixará o governo, seja para trabalhar na candidatura a senador, para ser ministro, ou para ajudar na campanha nacional”. O deputado também informou que Maggi vai comunicar ainda nesta terça ao deputado estadual José Riva (PP), presidente afastado da AL, que pretende concorrer a vaga no Senado.

Com a possibilidade do governador disputar a eleição, Wellington volta a trabalhar para se reeleger à Câmara dos Deputados. “Maggi era o candidato natural e eu só resolvi disputar o Senado porque ele havia desistido. Com a volta do governador à disputa, eu vou trabalhar pela minha reeleição”. (Andréa Haddad)