Vereadores rondonopolitanos têm aprovação de 58%

Há pouco mais de dois meses do escândalo envolvendo o vereador mais votado do município, João Gomes (PR), a Câmara de Rondonópolis ainda não conseguiu reverter a imagem negativa. Um levantamento feito pelo Mark instituto entre sábado (17) e domingo (18), com 435 eleitores do município, mostra o descrédito dos rondonopolitanos quanto às ações dos parlamentares.

Com apenas 10 meses de atuação, e com mais de três anos de mandato pela frente, os 12 vereadores de Rondonópolis são desaprovados por 58,9% dos eleitores entrevistados. Apenas 0,7% avalia como ótimo o trabalho da Câmara Municipal, enquanto 21,4% dos entrevistados entendem ser bom. Outros 36,8% julgam a atual legislatura como regular negativa.

Por outro lado, o percentual dos que reprovam o trabalho da Câmara de Rondonópolis é alto e chega a 20,2%. Desses, 6,2% avaliam o mandato dos vereadores como regular negativo, 3,9% julgam ser ruim e 10,1% acreditam que seja péssimo. Outros 20,9% não souberam ou preferiram não opinar. A margem de erro é de 5% para mais ou para menos.

O descrédito da população com o trabalho da Câmara deve-se, principalmente, a perspectiva de falta de punição ao vereador João Gomes, preso por porte ilegal de arma de fogo após uma violente discussão com a esposa Veronice Alves, que o denunciou por pedofilia, agressões físicas, contratação de funcionários fantasmas e distribuição irregular de casas populares.

Após a abertura das investigações pela Comissão de Ética da Casa, porém, Veronice voltou atrás nas denúncias, o que praticamente livra João Gomes da perda do mandato. O PR, partido de João Gomes, conta com seis dos 12 vereadores.

A pesquisa do Mark instituto foi realizada em 49 bairros da zona urbana de Rondonópolis. Foram ouvidas 435 pessoas. Dessas, 5,1% recebem até 1 salário mínimo; 64,4% de um a cinco salários; 26,9% de cinco a 10 salários; 2,5% entre 10 e 20; 1,1% mais de 20 salários.