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Politica Brasil
Terça - 20 de Outubro de 2009 às 06:23
Por: Ana Rosa Fagundes

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A disputa para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Mato Grosso está polarizada entre dois candidatos. Ontem, último dia para registro de candidatura, como já era esperado, apenas duas chapas se oficializaram na disputa. Em anos anteriores, a disputa registrava pelo menos quatro candidatos.

De um lado está o candidato da situação, Cláudio Stábile, apoiado pelo atual presidente Francisco Faiad. Do outro a oposição, com João Vicente Scaravelli, também considerado um candidato dissidente, já que fazia parte da gestão Faiad, no comando da Caixa de Assistência dos Advogados.

Nesse processo, candidatos ficaram pelo caminho. Entre os motivos, a dificuldade para a formação da chapa, que deve ser composta por 61 membros advogados em situação regular junto à OAB; e também a falta de recursos financeiros, já que a campanha é financiada pelos próprios advogados que, além de usar recursos próprios, muitas vezes deixam de ganhar, já que precisam se ausentar dos escritórios para se dedicar à campanha.

E a campanha para a presidência da OAB não é para qualquer um. As eleições acontecem daqui a um mês, no dia 19 de novembro, e, até lá, o clima da campanha é comparável a uma corrida a um mandato eletivo de proporção estadual.

Os candidatos têm investido maciçamente na empreitada. Em qualquer lugar da cidade é possível visualizar carros adesivados com os nomes dos candidatos e os principais sites e jornais de Cuiabá contêm propaganda das campanhas. Além disso, os candidatos têm viajado pelo interior para conquistar o eleitorado.

Os membros da diretoria e conselheiros da OAB não recebem pelos cargos. Na teoria, a presidência significa uma oportunidade de lutar em defesa da classe, porém na prática também é uma chance de dar visibilidade os escritórios de advocacia dos dirigentes, que ganham grande notoriedade pública.

De acordo com o candidato Cláudio Stábile, cada advogado contribui com o que pode para a campanha. Ele não soube informar o quanto em dinheiro será gasto em sua corrida à presidência da OAB. “É claro que as contribuições não são iguais: alguns podem mais, outros menos. Mas todas as despesas são rateadas entre os participantes ativos da campanha”, afirma Stábile.

Já o candidato independente classifica sua campanha como “espartana”. Segundo ele, os gastos durante o processo de eleição podem chegar a R$ 150 mil. Esse dinheiro vem de contribuições dos próprios advogados. “Temos que viajar o Estado inteiro, fazer panfletos e divulgação. Mas não temos apoio de empresas e nem a máquina da OAB ao nosso lado”, disse Scaravelli. Ele ressalta também que se afastou da presidência da Caixa dos advogados para que não recaíssem sobre ele acusações infundadas.

Com a desistência de candidaturas, Scaravelli foi quem mais conquistou agregados. O grupo intitulado Movimento OAB Democrática, que bradava ser a “verdadeira oposição”, fez muito barulho e acabou aderindo à campanha dele.





Fonte: Diário de Cuiabá

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