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Politica Brasil
Segunda - 19 de Outubro de 2009 às 13:19

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O presidente estadual do PMDB, deputado Carlos Bezerra, e sua esposa Teté Bezerra, pré-candidatos à reeleição e a deputada estadual, respectivamente, participaram neste domingo da reunião de membros da Executiva do partido de Rondonópolis, mas, ao final, para surpresa geral, não assinaram a nota que foi encaminhada ao RDNews acerca das declarações polêmicas do prefeito Zé do Pátio.

Com essa estratégia montada nos bastidores, o casal Bezerra põe e esconde as mãos e, assim, se preserva em meio ao racha no partido, provocado pelas declarações de Pátio, no encontro regional do PSDB no sábado, quando avisou em discurso que seu candidato a governador é o tucano Wilson Santos e que não apóia o colega do PMDB Silval Barbosa.

Tesoureiro do partido se recusa a assinar nota e, mesmo assim, tem nome incluído, assim como o vereador Adonias, que nem compareceu ao encontro para discutir posicionamento de Pátio contra Silval

Outra surpresa quanto à nota divulgada por membros da Executiva Municipal é a inclusão de dois nomes que não assinaram-na. Tratam-se do vereador Adonias Fernandes, que nem estava presente ao encontro, e do tesoureiro do partido Algacy Nunes da Silva Júnior, diretor-administrativo e financeiro da Coder, autarquia vinculada à prefeitura. Algacy se recusou a assinar a nota. Argumentou na reunião que a discussão deveria ficar internamente e não expôr o racha partidário na imprensa. Ele declarou também que a pré-candidatura de Silval não está sendo conduzida pelo PMDB, mas sim pelo PR do governador Blairo Maggi. Mesmo não assinando o documento, o nome de Algacy foi incluído na relação de cinco membros do diretório que estariam de acordo com o conteúdo da nota divulgado.

A presidente do PMDB rondonopolitano Terezinha Silva, ligada ao prefeito, não participou. Fora excluída porque simpatizantes da pré-candidatura de Silval já sabiam que ela não se oporia ao prefeito, de quem foi o braço financeiro da campanha de 2008 e que hoje responde pelo comando do Sanear, empresa responsável pelos serviços de saneamento do município.

O posicionamento duro de Pátio repercute em todo Estado. Enquanto o PMDB trabalha projeto próprio com o nome do vice-governador Silval ao Palácio Paiaguás, o prefeito rondonopolitano se transforma em cabo eleitoral de Wilson Santos, prefeito de Cuiabá e pré-candidato da oposição à sucessão estadual. Pátio chegou a dizer que, se for preciso, deixa a vida pública, mas não abre mão do apoio a Santos, a quem deve gratidão pelo respaldo político recebido em sua eleição do ano passado, quando conseguiu derrotar a turma da botina, composta pelo então prefeito Adilton Sachetti, pelo governador Maggi e pelo grupo do deputado federal Wellington Fagundes.

Presidente do PMDB há vários anos, Bezerra tenta agora contornar a crise. Instigado por simpatizantes da candidatura Silval, o cacique tenta "minar" a força política de Pátio, mas busca essa manobra nos bastidores, tudo para não se indispor com o prefeito, seu ex-afilhado político desde a década de 1980. Na nota que vem causando polêmica por causa da inclusão de dois nomes indevidamente, membros da Executiva peemedebista destacam que Pátio tomou posição isolada e pessoal e que não representa decisão partidária.

O novo embate agora no PMDB rondonopolitano será para escolha da nova direção, cujo pleito está marcado para o próximo dia 31. Aliados de Pátio querem continuar à frente do diretório, de preferência garantindo a reeleição de Terezinha Silva. Já o grupo de Bezerra articula o nome de Maria Paulina da Costa Bordegato para conduzir a legenda, assim, ficaria mais fácil frear a debandada rumo ao apoio ao tucanato em 2010.





Fonte: RD News

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