Maggi antecipa renuncia e tem só mais 4 meses de mandato
Com Maggi sai praticamente todos os secretários. Daqui a quatro meses eles vão colocar os cargos à disposição para deixar Silval mais à vontade quanto a redefinição da equipe do primeiro escalão, principalmente a primeira-dama Terezinha Maggi, secretário de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social. Por enquanto, o governador mantém internamente o compromisso de deixar o Paiaguás em fevereiro. Mesmo assim, muitos não acreditam nessa possibilidade, já que Maggi havia feito outros compromissos antes e, posteriormente, resolveu desfazê-los a cada surgimento de fatos novos, como de renunciar em dezembro deste ano para vir a ser ministro do governo Lula ou de concluir integralmente o mandato até dezembro de 2010 por causa da escolha de Cuiabá como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.
Maggi admite que o desafio é grande para se eleger senador e se torna ainda maior porque o histórico mostra que governadores mato-grossenses que renunciaram ao Paiaguás para concorrer a vaga no Congresso Nacional acabaram derrotados, como foram os casos de Garcia Neto, Carlos Bezerra e Dante de Oliveira. Ele afirma ter serviço prestado e que tudo "é uma questão de voltar a conversar com a população para mostrar os feitos e apresentar novos projetos". "Se eu, de fato, for candidato a senador, vou tentar quebrar mais um paradigma", diz o governador, ao lembrar de sua eleição em 2002 e da reeleição em 2006, todas no primeiro turno.
O empresário que desde 98, quando se elegeu primeiro-suplente de senador de Jonas Pinheiro (já falecido) tomou gosto pela política, tem comentado que precisa do apoio integral da família para encarar o pleito ao Senado. Seus aliados têm empurrado Maggi para a disputa majoritária. Eles observam que o Congresso Nacional tende a passar por uma boa "oxigenação", com renovação de dois terços das cadeiras e com possibilidade de melhorar o quadro de parlamentares. Maggi tem ouvido de parlamentares, prefeitos e empresários o argumento de que precisa, se eleito senador, atuar em questões macro e na viabilidade de recursos para Mato Grosso, especialmente junto aqueles projetos que obrigatoriamente devem ser concretizados como condicionantes para Cuiabá ser, de fato, uma das sedes do Mundial de 2014.
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