Assembleia institui uma semana de homenagem a Dante
Da tribuna, o parlamentar petista argumentou que toda trajetória e "currículo" de Dante deve ser reconhecida e elogiada, mas, daí, instituir no calendário público oficial uma semana em sua homenagem, seria mais um instrumento político em favor ao PSDB. "Todo legado de Dante de Oliveira deve ser reconhecido, não questiono a homenagem, mas acredito que isso não passa de uma promoção do partido", contrapõe Alexandre Cesar. Mesmo com seu posicionamento contrário, inclusive sob alerta de que o PSDB faz oposição ao governo Blairo Maggi (PR), o projeto de Chica Nunes foi aprovado com aval dos demais deputados.
A "Semana Dante de Oliveira" será comemorada anualmente de 1º a 6 de julho, com atividades culturais, seminários, palestras e sessão solene na Assembleia. Dante ocupou vários cargos públicos. Foi deputado estadual e federal, prefeito de Cuiabá por dois mandatos e governador também por duas vezes. Disputou a primeira eleição para vereador, em 1976, quando não conseguiu a eleição. Dois anos depois, em 78, conquistou cadeira de deputado estadual. Em 82, ganha para federal, pelo PMDB. Dante ganha inserção na política nacional com a emenda das Diretas Já" em defesa da redemocratização do país. A PEC é derrotada na Câmara, mesmo com pressão popular motivada pelo movimento pela eleição direta para presidente da República em todo país.
Em 85, Dante se elege prefeito da Capital. Se afasta do Palácio Alencastro para ocupar cadeira de ministro da Reforma Agrária do governo José Sarney. Volta à administração da Capital em 92 e, dois anos depois, concorre a governador pelo PDT e é consagrado nas urnas. Em 98, reconquista o mandato. No pleito de 2002, renuncia à cadeira no Palácio Paiaguás e amarga derrota ao Senado. Em 2006, quando já estava em pré-campanha a deputado federal, Dante veio a falecer, vítima de pneumonia.
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