Lula: "Não compensa falar de candidatura um ano antes"
Neste meio de tarde de quarta-feira, 14, o presidente Lula, os presidenciáveis Dilma Rousseff e Ciro Gomes navegam pelo Rio São Francisco, no município de Barra, Bahia. Dilma, ministra-chefe da Casa Civil, e Ciro, deputado, ex-ministro da Integração Nacional e também pré-candidato à presidência da República, voaram juntos, com Lula ao lado. Conversaram muito tempo sobre política e amenidades. Um ministro, no mesmo vôo, provocava o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que pretende ser candidato a sucedê-lo.
- E aí Geddel, muito boa a manifestação espontânea a seu favor em Buritizeiro (MG). Lá em Barra, você vai fazer outra?
Dito isso, vira-se para Jaques Wagner e indaga: - E você, governador, também vai fazer uma manifestação espontânea lá em Barra?
Ambos fizeram manifestações na fazenda à beira do São Francisco, onde Lula e comitiva passam parte da tarde. Uma dezena de faixas de Wagner e outra dezena de Geddel disputavam espaço palmo a palmo.
Na beirada do rio, minutos antes de embarcar para um rápido giro pelo Velho Chico, Lula disse:
- Não compensa fazer lançamento de candidaura um ano antes, aqui no rio São Francisco.
Lula faz uma série de lançamentos ao longo desses 713 quilômetros que ele percorrerá até sexta-feira.
Enquanto dizia, tinha atrás de si os presidenciáveis Dilma Rousseff e Ciro Gomes, que, quando perguntado sobre o assunto, sorriu.
O presidente relatou ter havido um debate teórico sobre a transposição. "Mas verificamos tecnicamente que não traria nenhum problema", assegurou.
Lula destacou que a presença de Ciro Gomes na viagem se deve à sua contribuição ao projeto de transposição na fase incial.
Lula, Wagner, Dilma e Ciro, todos com chapéu do exército para se proteger do sol e os 39ºC. Na descida para o atracadouro, Dilma não foi reconhecida por muitos populares, mas mantinha um tímido sorriso. Lula seguiu para o rio, e antes de lá chegar, passou por um corredor com cerca de 500 pessoas. Algumas delas chegaram às 8h da manhã para ver o presidente. Entusiasmados, populares gritavam. Muitos diziam:
- Tô aqui esperando meu pai.
Rita de Cássia Vieira dos Santos, beneficiária do Bolsa-Família, dizia: - Meu Deus, cadê esse pai, que não chegue logo? Se Lula tocasse minha mão, ah oxe!, eu cairia aqui mesmo.
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