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Meio Ambiente
Quarta - 14 de Outubro de 2009 às 15:05

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O desmatamento na Amazônia disparou em agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado e ficou concentrado principalmente em unidades de conservação, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados nesta quarta-feira. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, registrou 273 km² de área desmatada em agosto, o que representaria aumento de 167% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Porém, cerca de 46% (125 km²) desse desmatamento pode ter ocorrido antes, pois estava situado em áreas cobertas por nuvens nos meses anteriores", informou o instituto em comunicado. Em agosto o SAD, do Imazon, conseguiu monitorar 92% da Amazônia Legal, segundo comunicado.

As Unidades de Conservação concentraram a maior parte do desmatamento, com 107 km², ou 39% do total. Em seguida vieram as terras privadas, de posse ou devolutas (27%), assentamentos da reforma agrária (25%) e terras indígenas (9%). O Pará foi disparado o Estado que mais desmatou, de acordo com o Imazon, respondendo por 76% da destruição florestal no período. Mato Grosso ficou em um distante segundo lugar com 8% do desmatamento registrado pelo SAD em agosto, à frente de Amazonas e Rondônia.

Nesta semana, o governo federal decidiu ampliar as metas de controle do desmatamento na Amazônia. A nova meta é de uma redução de 80% no desmatamento até 2020, com relação a uma média anual de 19,5 mil km² entre 1996 e 2005. A meta anterior, anunciada no final do ano passado, era uma redução de 70% até 2017.

A queima e decomposição de árvores emitem gases do efeito estufa, e a destruição da Amazônia representa cerca de 70% das emissões brasileiras. Em setembro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o desmatamento da Amazônia dever se o menor em duas décadas entre agosto do ano passado e julho deste ano - período apontado por especialistas como ano-calendário do desmatamento da Amazônia.

Para sua estimativa, o ministro leva em conta os dados de monitoramento do desmatamento divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, foram desmatados 498,1 km² de floresta amazônica em agosto deste ano, contra 756 km² no mesmo período do ano anterior.

A preservação da floresta deve ser um dos pontos-chave do encontro que autoridades mundiais realizarão em Copenhague, na Dinamarca, no final deste ano com vistas a um acordo climático que substitua o Protocolo de Kyoto.





Fonte: Reuters

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