Prefeitos se organizam para paralisação geral no dia 23
A reposição das perdas financeiras dos municípios será um das bandeiras defendidas durante a paralisação geral das prefeituras no dia 23 de outubro. A reivindicação é considerada importante pelos gestores, pois os municípios têm a responsabilidade de realizar atendimento direto e imediato à população em vários setores, como Educação, Saúde, Saneamento, Assistência Social, entre outros.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Pedro Ferreira de Souza, disse que a queda na arrecadação em 2009 comprometeu investimentos programados e gerou desequilíbrio orçamentário em vários municípios. “A paralisação do dia 23 é para chamar a atenção da comunidade e lideranças locais para a realidade financeira das prefeituras, que já realizaram vários cortes e replanejaram os gastos por conta da falta de recursos”, ponderou.
O prefeito de Rosário Oeste, Joemil Araújo, disse que a situação dos municípios é grave e a sociedade precisa saber disso. “Vamos organizar reuniões com vereadores, com lideranças locais para que todos possam entender os motivos da paralisação. Espero que com essa mobilização todos conheçam a difícil realidade que os municípios estão vivendo”, assinalou.
A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias Alfonso, disse que já iniciou a divulgação da manifestação. “Concedi entrevistas para uma emissora de rádio e um canal de TV falando sobre o tema e espero continuar falando, por meio da mídia. Vamos também mandar fazer faixas sobre a paralisação e espalhá-las pela cidade, para informar a população. Espero que com essa paralisação o Governo Federal atente para os problemas dos municípios. Precisamos de mais repasses da União para despesas básicas, como saúde e educação”, frisou.
O prefeito de Querência, Fernando Gorgen, que também vai mobilizar a comunidade local para a paralisação, está preocupado com os reflexos da crise financeira. “Estamos enfrentando sérios problemas com relação `a crise financeira desde o início do ano. Por essa razão não podemos cruzar os braços. Se não dermos um grito agora como será no final o cumprimento da LRF com tantas responsabilidades a cumprir?”, questiona o gestor.
O objetivo da paralisação geral no dia 23 é mobilizar e refletir, com os diversos setores da sociedade, sobre a atual situação dos municípios, principalmente, em virtude dos problemas ocasionados pela queda das receitas em 2009 e pelo desequilíbrio no financiamento das políticas públicas.
Cada entidade municipalista estadual está articulando as ações que serão executadas pelas prefeituras associadas nessa data. A diretoria da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM se reuniu para decidir sobre a mobilização e deliberou pela paralisação e a realização de reuniões locais com a comunidade e lideranças políticas para discutir a realidade financeira dos municípios.
A AMM enviou para os prefeitos um comunicado orientando sobre as ações que podem ser desenvolvidos no dia 23 de outubro. Nesta quarta-feira (14) serão encaminhados para as prefeituras panfletos que explicam para a comunidade os motivos da mobilização. A instituição está também sugerindo aos prefeitos que mobilizem parlamentares da bancada federal para que votem matéria de interesse dos municípios e da população em tramitação, especialmente a regulamentação da Emenda Constitucional 29.
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