Wagner Ramos quer diagnóstico precoce da depressão infantil
Mato Grosso conquistou agora a oportunidade de fazer um enfrentamento antecipado e direto ao transtorno depressivo infantil, considerado a principal doença do século e que afeta aproximadamente oito milhões de pessoas só na América do Norte, onde são feitas as principais pesquisas. Por meio de projeto de lei, o deputado Wagner Ramos (vice-líder do PR na Assembleia Legislativa) propôs a implantação de centros especializados, integrados com as escolas em todas as unidades da Rede Estadual de Ensino Fundamental.
O objetivo do parlamentar é que, com essa estrutura, o Estado ofereça à população condições para diagnóstico da depressão infantil ainda em seu estágio inicial e tratamento psicológico para a criança e seus familiares.
“Quando falamos de depressão, nos referimos a uma doença com sintomas específicos, com duração e gravidade suficientes para comprometer seriamente a capacidade de determinada pessoa levar uma vida normal”, salientou Wagner Ramos. Segundo ele, durante muito tempo se acreditou que a depressão era exclusivamente uma resposta emocional ao conjunto dos problemas existenciais. Também, que crianças não eram afetadas pela depressão já que, supostamente, esse grupo não tinha problemas dessa natureza.
O Transtorno Depressivo Infantil é uma perturbação do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir em seus processos de maturidades psicológica e social.
A queda do rendimento escolar quase sempre acompanha o transtorno por falta de concentração e de motivação, perda do interesse pelas atividades e pensamento lento. O resultado disso tudo é observado no boletim escolar. “O melhor meio para detectar uma depressão infantil é a observação em casa e na escola, tentando identificar os fatores e o tipo da depressão, manter diálogo constante e procurar ajudas médica e terapêutica para tratamento e diagnóstico diferencial”, justificou o parlamentar em seu projeto.
A depressão pode interferir de maneira significativa na vida diária, nas relações sociais e acadêmicas, e no bem-estar geral da criança e do adolescente, podendo até levar ao suicídio.
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