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Politica Brasil
Terça - 13 de Outubro de 2009 às 08:46

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Silval Barbosa (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), que polarizam a disputa pelo governo estadual, vivem hoje, a menos de um ano das eleições, situação similar a do confronto entre Osvaldo Sobrinho (PTB) e Dante de Oliveira no processo eleitoral de 1994. A oposição, sob o então pedetista Dante, acabou vencendo o pleito com uma frente ampla. Dante (já falecido) teve 471.104 votos e, Sobrinho, 167.072. O terceiro concorrente, Ivanildo Francisco de Oliveira (PSD) chegou a 22.850 votos.

Assim como Sobrinho há 15 anos, Silval é oriundo do Nortão, foi deputado e hoje exerce mandato de vice-governador e tem apoio do Palácio Paiaguás na corrida sucessória. O governador Blairo Maggi se empenha para elegê-lo sucessor. Silval também começou sua trajetória como prefeito de Matupá. Sobrinho era de Sinop e tinha força política também em Colíder, ambos municípios do Norte mato-grossense. Naquela época, o então governador Jayme Campos (PFL e hoje DEM) jogou todas as fichas, com o poderio da máquina estatal, para reforçar, em vão, o nome de Sobrinho.

Do outro lado, estava Dante, que exercia mandato de prefeito pela segunda vez e não completou o mandato. Tinha sido deputado e ministro da Reforma Agrária do governo José Sarney. Agora, surge na cena rumo à cadeira de governador o ex-pedetista e tucano Wilson Santos, que também está no segundo mandato de prefeito da Capital e foi também deputado estadual e federal. Santos atuou também como vereador; Dante, não. Do PDT, Dante pulou para PSDB, assim que se elegeu em 94. Conquistou a reeleição, em 98, pelo PSDB. Santos seguiu o mesmo caminho partidário de Dante.

São histórias que começam a se repetir num intervalo de 15 anos. É por isso que o tucanato tem insistido para Santos se preparar para, a exemplo de Dante, renunciar à cadeira de prefeito e encarar o desafio para governador. De um lado, o prefeito carregará sobre os ombros problemas que vêm travando sua administração, como as obras do PAC, crise na saúde e falta de projetos macro. Tem a seu favor o fato de sobressair no discurso e no debate e o sentimento de mudança diante de um governo estadual que, mesmo bem avaliado, conforme as pesquisas, está prestes a acumular oito anos de mandato.

Com mesmo estilo light de Oswaldo Sobrinho, hoje senador em substituição temporária a Jayme Campos e aliado de Santos, de quem é primo, o peemedebista Silval Barbosa busca explorar o bônus administrativo da gestão Maggi para se firmar como candidato a governador por um grupo que tende a formar amplo arco de alianças. Caberá ao eleitor conduzir os fatos históricos. As coincidências são apenas um detalhe.





Fonte: RD News

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