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Politica Brasil
Sábado - 10 de Outubro de 2009 às 07:33

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Depois do avança-e-recua, Blairo Maggi (PR) se mostra mesmo disposto a romper o desafio histórico que mostra que desde a década de 1980, governador que renuncia para disputar o Senado acaba derrotado, tanto no pleito com uma quanto com duas vagas. Maggi ou vai se juntar aos ex-governadores Garcia Neto, Carlos Bezerra e Dante de Oliveira na galeria de derrotados à senatória ou se tornar o primeiro chefe do Executivo estadual a chegar ao Congresso Nacional como aquele que, de fato, quebrou o paradigma. Em verdade, trata-se de uma operação de risco encarar eleição com duas cadeiras em jogo, como será em 2010. O eleitor vota em dois. A complexidade e insegurança se constata mais na hora do segundo voto.

Mesmo com a popularidade em alta, Garcia Neto, Carlos Bezerra e Dante de Oliveira renunciaram à cadeira de governador para tentar Senado e amargaram derrota

O curioso é que os ex-governadores que renunciaram seis meses do cargo e não obtiveram êxito nas urnas ao Senado deixaram o Palácio Paiaguás com a popularidade em alta, como é o caso hoje da gestão Maggi. No próximo ano vão estar em disputa duas cadeiras. Maggi terá de renunciar ao posto de governador até 3 de abril. Empresário que resolveu entrar na vida pública, ele reativou o projeto ao Senado por três razões: primeira, gosto pela política e por cargo eletivo; segunda, pressão do PR, maior legenda do Estado que teme ficar órfão e se esfacelar se não garantir cargo majoritário e, terceira, interesse em reforçar o nome do seu vice Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato da situação ao Paiaguás.

A disputa de duas vagas de senador acaba se tornando uma incógnita. Em 86, Júlio Campos renunciou ao mandato de governador e ensaiou corrida ao Senado. De última hora recuou e concorreu a deputado federal, vindo a ser eleito. Em 94, Jayme Campos preferiu concluir integralmente ao mandato a arriscar candidatura de senador. Ele só veio a disputar em 2006, doze anos depois, quando virou senador.

Afoitos com a boa popularidade e otimistas com comentários da época de que seriam imbatíveis, três ex-governadores renunciaram e amargaram derrota ao Senado. Em 82, com uma cadeira em disputa, Garcia Neto deixou o cargo na esperança de vencer para o Senado. Perdeu para Roberto Campos. Em 90, também com uma vaga, Bezerra seguiu a mesma linha e levou uma surra nas urnas para senador. Ganhou Jonas Pinheiro (já falecido). No pleito de 2002, desta vez com duas cadeiras, Dante deixou o Paiaguás e também perdeu. Venceram Serys Marli (PT) e Jonas, que garantiu a reeleição. O próximo a se submeter a esse teste será Maggi. O problema é se até lá não recuar de novo.





Fonte: RD News

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