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Politica Brasil
Sexta - 09 de Outubro de 2009 às 09:44

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O deputado Wallace Guimarães deixou o DEM, depois de se envolver em confusões e atritos internos e, agora no PMDB, logo na primeira semana de estreia como filiado se depara com posições contraditórias e confrontos, que devem forçá-lo a sair do muro quanto à administração Murilo Domingos (PR). O PMDB, sob as rédeas do ex-deputado Nico Baracat, não quer nem saber de composição com o prefeito e defende que Wallace ordene que a esposa, a médica Jaqueline Guimarães, entregue o cargo de secretária municipal de Saúde. O deputado transformou a estrutura da pasta em espécie de "comitê" de sua pré-campanha à reeleição e não aceita nem discurtir o assunto.

A convivência conflitante entre republicanos e peemedebistas já chegou na direção estadual do PR. O secretário-geral do partido, ex-deputado Emanuel Pinheiro, observa que a legenda republicana, dentro das articulações visando o pleito de 2010, apóia o nome do peemedebista Silval Barbosa para governador e espera que, em Várzea Grande, segundo maior município mato-grossense, o PMDB também se comporte como aliado, agora com a chegada de Wallace. Segundo ele, se não houver essa reciprocidade e Wallace não se enquadrar, o PMDB será obrigado a entregar o cargo ocupado por Jaqueline. "O Wallace foi convidado para vir para o PR e não quis fazer essa opção. Preferiu o PMDB e esperamos que ele consiga conduzir o seu novo partido para aliança com a administração Murilo Domingos".

Apesar de não assumir publicamente para evitar nova crise, o prefeito Murilo e o seu vice Tião da Zaeli demostram insatisfação quanto à gestão Jaqueline, principalmente pelo uso político da secretaria. No afã de ajudar o marido a consolidar o projeto de reeleição, Jaqueline está transformando a pasta numa espécie de "sucursal do Wallace".

Para Emanuel Pinheiro, um dos articuladores do projeto vitorioso da reeleição de Murilo em 2008, nomes capacitados para assumir a Saúde não faltam. Ele destaca, por exemplo, os médicos Reinaldo Della Pasqua, que já comandou a secretaria e hoje preside a Previvag; Jorge Lafetá, diretor do Pronto-Socorro Municipal; e Adalberto Novaes Silva, que o classifica como "filho da terra e profissional conceituado".

Wallace está diante de mais um problema. Ex-vereador várzea-grandense e candidato derrotado a prefeito em 2004, ele atuava no velho PFL, que deu origem ao DEM. Na campanha eleitoral do ano passado, o deputado não foi candidato, mas acabou se transformando no centro de duas polêmicas. Primeiro, se sentiu traído por Júlio Campos, que antecipou aposentadoria como conselheiro do TCE para disputar candidatura a prefeito e acabou por atropelá-lo dentro do DEM. Contrariado, Wallace fez campanha contra Júlio. Com a reeleição de Murilo, ele recebeu, em moeda de troca, a secretaria de Educação, para cujo cargo de comando indicou a esposa Jaqueline. Segundo, Wallace foi acusado no horário eleitoral pela coligação de Nico Baracat, terceiro e último colocado na briga pela prefeitura, de ter recebido dinheiro para aderir a campanha de Murilo. Exibiu na TV imagens de Wallace ensacando dinheiro, vinculando-o a suposto acordo espúrio com a gestão Murilo.





Fonte: RD News

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