Mais de 600 pessoas participam do Consciência Cidaddã em Rondonópolis
Às vésperas de completar três anos em andamento, o Programa Consciência Cidadã retornou a seu local de estréia, o município de Rondonópolis, consagrado pela participação popular. Mais de seiscentas pessoas compareceram à nova edição, promovida pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso e realizada na noite desta quarta-feira (7). Em dezembro de 2006, data do primeiro evento, o público registrado era de 200 participantes.
Mais que a participação de gestores e autoridades em geral, a edição de ontem, a quinta realizada em 2009, foi marcada pelo olhar atento de pessoas como a estudante de Direito Luzia Lima. “As informações repassadas pelo Tribunal de Contas vão contribuir muito para que as pessoas, que no geral não têm domínio do que acontece com a coisa pública e faz com que não se cobre de quem está no poder, conheça mais e saiba como agir”, observa a jovem.
Para o presidente da União Rondonopolitana de Associações de Moradores de Bairros (Uramb), Hélio Luz, as lições sobre controle social transmitidas pelos membros do TCE durante a abordagem do Consciência Cidadã abrem as portas de um mundo novo para várias comunidades. A Uramb agrega mais de 200 bairros existentes, sendo que diversos moradores participaram por conta própria do evento realizado pelo Tribunal.
“As palestras trouxeram vários conhecimentos. Para nós, é uma satisfação muito grande ver essa oportunidade para que a população acesse e faça esse controle. O sistema Aplic, por exemplo, eu já tinha ouvido falar, mas não sabia como funcionava. Confesso que em anos anteriores eu tinha dúvidas sobre a atuação do TCE, mas agora vejo, feliz, como o tribunal avançou”, destaca o líder comunitário.
A secretária de Articulação Institucional do TCE, Cassyra Vuolo, relembra com orgulho o lançamento das palestras do programa, estreadas justamente em Rondonópolis. Ela não esquece o dia exato: 6 de dezembro de 2006. O evento aconteceu, assim como na noite de ontem, no Centro de Eventos Ipê.
“Neste mesmo local, naquela data, tínhamos 200 pessoas. Agora, são mais de 600. Mas o interesse da população não se mede só pelo quantitativo, mas também pelos diferentes segmentos sociais presentes, devidamente representados”, destaca Cassyra. Após as palestras, abordando ações e ferramentas do e, principalmente, a importância do Controle Social sobre os gastos públicos, inúmeras perguntas fomentaram o debate entre público e autoridades. “Isso comprova mais uma vez a credibilidade do tribunal junto à sociedade”, observa a secretária de Articulação Institucional.
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Antônio Joaquim, lembrou aos presentes que muito mais importante que as ferramentas disponibilizadas pelo TCE, o maior instrumento de controle nas mãos da sociedade é o voto, ou seja, as opções que se faz nas urnas a cada dois anos.
“Hoje em dia, milhares de cidadãos votam e esquecem de acompanhar as ações de seus representantes. O que o TCE faz é proporcionar a ajuda, dando ferramentas como o nosso portal na internet, para que o cidadão saiba o que se gasta e quais os resultados sociais obtidos. Essas mesmas ferramentas podem ajudá-lo a saber se aquele mesmo gestor merece mais um voto de confiança nas próximas eleições”, ressalta o presidente do TCE.
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