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Politica Brasil
Quarta - 07 de Outubro de 2009 às 08:28

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Mesmo com a cautela de só definir o nome para vice de sua chapa a partir das composições majoritárias dos adversários, o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) é simpático e favorável à ideia de contar com o senador Gilberto Goellner (DEM) como vice na corrida ao Palácio Paiaguás. Ele admite, nas articulações internas, que Goellner possui pouca inserção política na Baixada Cuiabana e em outras regiões, como no Nortão e Araguaia, mas é uma das figuras que representam o agronegócio, segmento que o tucanato pretende atrair e, ao mesmo tempo, contrapor à chamada turma da botina, que deve apoiar o pré-candidato do PMDB, o hoje vice-governador Silval Barbosa.

Goellner é produtor rural e mora em Rondonópolis, cidade-pólo do Sul do Estado. Virou senador no lugar de Jonas Pinheiro, que faleceu em fevereiro do ano passado. Integra a bancada ruralista. Motivado pela conjuntura nacional, a composição PSDB-DEM deve se repetir em Mato Grosso, com os ex-adversários políticos Santos e o senador Jayme Campos no mesmo palanque. Há entendimento entre ambos de que o nome que melhor pontuar nas pesquisas de intenção de voto vir a ser o candidato do bloco oposicionista. Hoje, o preferido seria Santos. A estratégia agora é apagar as rixas políticas do passado para não trazer desgaste à aliança.

Nessa composição, o DEM indicaria o candidato a vice-governador. Chegou-se a fomentar o nome de Lucimar Campos, esposa do próprio Jayme. A opção não avançou. Acontece que Lucimar é de Várzea Grande, região da chamada Baixada Cuiabana, a mesma de Santos. Tucanos e democratas apresentaram, então, outros dois nomes alternativos e que estão sob análise. Um seria Goellner, cujo mandato no Congresso Nacional termina no próximo ano. O outro trata-se do ex-prefeito de Sorriso por três mandatos e hoje deputado estadual José Domingos, tido como figura capaz de agregar bom eleitoral, principalmente no Médio-Norte e Nortão, regiões onde o governista Silval apresenta melhor desempenho nas pesquisas.

Geralmente o candidato a vice dos principais nomes que entram na briga à cadeira de governador vem de região diferente da do cabeça-de-chapa. Blairo Maggi (PR), por exemplo, tem como vice Silval, ex-prefeito de Matupá e uma das lideranças do Nortão. No primeiro mandato, o governador apresentou como companheira de chapa Iraci França, que é de Cuiabá. Dante de Oliveira (já falecido) chegou ao Palácio Paiaguás primeiro com Márcio Lacerda, da Grande Cáceres (Oeste) como vice e, no segundo mandato, com Rogério Salles, de Rondonópolis (Sul).

Agora, enquanto Wilson Santos mira para o Nortão, com Zé Domingos, e também para o Sul, com Goellner, seu provável adversário Silval Barbosa está de olho na Baixada Cuiabana. Ele sonha em ter como companheiro de chapa um nome que venha a contrapor a base eleitoral do prefeito. Em princípio, o peemedebista acreditava que esse nome seria do empresário Mauro Mendes, presidente da Fiemt e candidato derrotado no segundo turno à Prefeitura de Cuiabá em 2008. O problema e que Mendes trocou o PR pelo PSB, se distanciou da turma da botina e do governo Maggi para tentar um projeto alternativo à sucessão estadual.





Fonte: RD News

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