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Politica Brasil
Terça - 06 de Outubro de 2009 às 08:01

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Em nome de mandato eletivo, Eliene Lima (PP) tem feito de tudo para se aparecer, ganhar visibilidade e "cair na boca do povo" em época de pré-campanha, mesmo que tenha de se submeter à situação de constrangimento, vexame e gozação de amigos e eleitores. Desde um simples ato de aparecer em evento vestido com a camisa do seu Flamengo, como aconteceu na última sexta, no ato de filiação de novas lideranças ao PP, na Assembleia Legislativa, a jogar bola vestido de mulher, situação registrada em fevereiro de 2008, e participar de partida de futebol completamente nu junto com índios da aldeia Xavante, como em 1998.

A propaganda do deputado ganha maior repercussão do que seus atos e ações. Datas importantes não passam despercebidas. São sempre lembradas por Eliene com outdoor em pontos estratégicos. Ele aproveitou, por exemplo, os 100 anos de fundação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Estado (Cefet, antiga Escola Técnica Federal) para, em outdoor, lembrar que foi professor da instituição e que, portanto, faz parte "dessa história". Na mensagem colocada em ruas e avenidas de Cuiabá, o deputado aparece com pose artística cuja fotografia é maior do que a frase da propaganda.

Ex-vereador por Cuiabá e ex-deputado estadual, Eliene Lima enfrenta um desafio maior rumo à reeleição. Desta vez, ele não terá o presidente da Assembleia, José Riva, do mesmo PP, como aliado "exclusivo", já que o cacique do PP prometeu "pulverizar" apoio político a outros pré-candidatos a deputado federal, como são os casos do empresário Roberto Dorner (ex-PDT), em Sinop (Nortão), e do produtor rural Neri Geller (ex-PSDB), em Lucas do Rio Verde (Médio-Norte). No pleito de 2006, Riva carregou Eliene nas "asas", numa dobradinha vitoriosa. Riva chegou a 82.799 votos, se tornando o mais votado, enquanto Eliene garantiu uma das oito cadeiras na Câmara Federal destinadas à representação mato-grossense com 65.855 votos.

Além de perder o apoio de Riva em algumas regiões, Eliene não conseguirá arrancar muitos votos na Grande Cuiabá, onde se concentra sua principal base eleitoral, se depender do presidente da Assembleia. Trata-se da região onde Riva enfrenta maior rejeição popular, principalmente agora que foi condenado pela Justiça em primeira instância, ao ponto de ser afastado das funções administrativas da Assembleia, ter os direitos políticos cassados pelos próximos cinco anos, bens bloqueados e ainda ter de devolver R$ 2,6 milhões junto com outras cinco pessoas, entre elas o ex-deputado e conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo.





Fonte: RD News

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