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Politica Brasil
Segunda - 05 de Outubro de 2009 às 06:37
Por: Marcos Lemos

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As repercussões da filiação do empresário Mauro Mendes ao PSB deixaram o PR em polvorosa, mas também incomodaram outras agremiações aliadas, como o PT, que pode alijar o PSB de sua base eleitoral em Mato Grosso, ainda mais se Ciro Gomes for candidato a presidente. Outro partido é o PMDB que apoiou abertamente Mauro Mendes na disputa em Cuiabá sem colocar um candidato majoritário e esperava agora pela reciprocidade que não aconteceu, já que Mendes será candidato ao Governo do Estado.

Os republicanos e os petistas sabem que precisam de união para conseguirem disputar a sucessão de Blairo Maggi com o vice-governador Silval Barbosa e poderem se manter no poder por mais quatro anos, por isso a decisão do empresário que tem o condão de enfraquecer uma candidatura tucana de Wilson Santos (PSDB) em Cuiabá, seu maior reduto eleitoral, foi vista como um erro político que terá que ser superado, reforçando a tese de que Silval precisará de um nome da baixada cuiabana para equilibrar a disputa. A Baixada Cuiabana representa 33% do eleitorado de Mato Grosso.

O presidente em exercício do PR, Moisés Sachetti disse que a decisão do empresário foi precipitada e uma demonstração de fraqueza. "Foi infantil e gersiana", fazendo menção a Lei de Gerson (jogador de futebol) de querer levar vantagem em tudo. Sachetti duvidou da candidatura de Ciro Gomes a presidência da República o que afasta o PSB do PT, e arrematou que a justificativa dada pelo ex-companheiro foi pífia. "Temos simpatia pelo vice, Silval Barbosa que tem o compromisso com o PR de se viabilizar, mas essa não é uma decisão tácita, pronta e acabada. Silval tem demonstrado capacidade de crescimento consolidado", disse.

O PT que já vive uma crise interna por causa da disputa pela vaga ao Senado entre o deputado Carlos Abicalil e a senadora Serys Marly, não comenta a decisão de Mauro Mendes por entender ser ela assunto interno. Só que internamente o partido viu a decisão como uma falha que vai exigir do governador Blairo Maggi o reforço ao Arco de Aliança para consolidar o processo eleitoral e ter peso para enfrentar a disputa, já que tem um nome forte no interior e outro forte na capital.





Fonte: A Gazeta

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