Administrador vê intriga nos Poderes e faz elogios a Riva

O administrador de empresas Alaércio Soares Martins tomou uma posição corajosa e polêmica. Em artigo, ele discorre sobre as atribuições de cada um dos Poderes constituídos e, quando chega no Legislativo, passa a defender, mesmo sem citar nome, o presidente da Assembleia, deputado José Riva, que sofreu a primeira condenação da Justiça, com afastamento das funções administrativas, direitos políticos suspensos por cinco anos, bloqueio de bens e determinação para devolver R$ 2,6 milhões junto com o ex-deputado Humberto Bosaipo e mais quatro ex-servidores e contadores.

Na avaliação de Alaércio, o que se nota em Mato Grosso é que os Poderes estão competindo entre si e interferindo em outros. "(...) A guerra entre aqueles que detêm o poder de manter um Estado em harmonia entre seus entes que são os municípios passa para um campo pessoal, sempre achando que o poder é eterno e a alternância não pode acontecer". Sobre o Ministério Público, ele escreve que "(...) promotores de Justiça sempre estão acima da lei chegando a ponto de internamente abrir feridas entre os pares".

Alaércio chega a dizer, numa referência a José Riva, que "o Legislativo é comandado por um ser humano que preza pela harmonia e prega entre os pares que a discussão interna tem que ficar dentro da instituição. E a instituição deve ficar acima das pessoas". Em seguida, emenda: "O preço que esse cidadão (Riva) tem pagado por ser o deputado mais votado no Estado nos últimos pleitos e ser o mais votado proporcionalmente no Brasil tem também levado à ira aqueles que estão acima a lei". O administrador diz mais: destaca que o deputado é campeão de votos, trabalha muito, faz pelo social mais que o próprio governo, atua como porta-voz dos prefeitos e conseguiu unanimidade para ser presidente da Assembleia. De quebra, Alaércio considera que Riva é vítima de perseguição implacável e lembra se tratar de "(...) um baixinho que não tem altura para peitar os poderosos". Também manda recado: "E aqueles que estão à caça, que tem dor de cotovelo pelo sucesso dos outros e que pensam vinte e quatro horas em fazer mal ao próximo, deveriam largar a batina, a toga, o sindicalismo, a máscara e competir nas próximas eleições".

O artigo assinado por Alaércio Martins, sob título "Harmonia entre os Poderes" está portado na seção Artigos, logo acima à esquerda. Leia lá e comente cá.