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Politica Brasil
Quinta - 01 de Outubro de 2009 às 10:33

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O governador Blairo Maggi acabou cedendo às pressões e começa a transformar a Agecopa num cabide de emprego para políticos fracassados nas urnas. Dos sete escolhidos para compor a Diretoria Colegiada, apenas Jeferson Carlos de Castro nunca disputou eleições e/ou exerceu mandato eletivo e três deles foram derrotados em 2006, além do futuro presidente da Agência, Adilton Sachetti, que não conseguiu se reeleger prefeito em Rondonópolis no ano passado. Assim, as figuras que vão preparar Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014, com captação de recursos e investimentos milionários, principalmente em infraestrutura, têm perfis mais político que técnico.

A autarquia será presidida por Sachetti, reprovado nas urnas de 2008 em Rondonópolis. Integram ainda a diretoria os ex-vereadores cuiabanos Yênes Magalhães, Yuri Bastos, Roberto França e Carlos Brito e o economista Agripino Bonilha. Eles terão mandato até dezembro de 2010, ou seja, por mais de cinco anos. Começam com salário inicial de R$ 10,5 mil e não podem ser exonerados pelo futuro governador, aquele que será eleito em 2010 e assumirá a cadeira ocupada hoje por Blairo Maggi em 1º de janeiro de 2011.

Brito, França e Yuri, por exemplo, não passaram pelo teste das urnas de 2006 na disputa por cadeira de deputado estadual. Mesmo assim, graças às articulações e ao esquema de rodízio com titulares, os dois primeiros conseguiram legislar por alguns meses. Brito e França foram vereadores e prefeito de Cuiabá. França ficou 8 anos no Palácio Alencastro. Antes, exerceu mandato de deputado federal e estadual. Ex-presidente da Câmara Municipal, Brito atuou como prefeito por um mês em 1996. Também foi estadual e secretário-chefe da Casa Civil e de Justiça e Segurança Pública no governo Blairo Maggi. Yuri presidiu o MT Saúde e depois virou secretário de Estado do Desenvimento do Turismo.

Yênes deixou de exercer integralmente o mandato de vereador para ser secretário por oito anos de Planejamento de Cuiabá na gestão França. Após sair do Palácio Alencastro, sede da prefeitura, pulou para o Paiaguás. Está no governo Maggi desde 2003, também como secretário de Planejamento. Agripino Bonilha foi até candidato a governador pelo PMDB em 1990. Teve votação decepcionante.

Desfiliações

Os sete diretores, que precisam passar por sabatina na Assembleia, são obrigados a se desvincular de partido político. Assim, França, que já passou por cinco partidos (PDT, PMDB, PTB, PSDB e PPS) só poderá voltar à vida pública em 2015. Sachetti vai pedir desligamento do PR, assim como Yênes. Brito deixa o PDT e, Yuri, o PP. A única função definida pelo governador até agora é de diretor-presidente, para a qual nomeou o seu amigo e compadre Adilton Sachetti. As demais diretorias são de Planejamento e Gestão, de Orçamento e Finanças, de Infraestrutura, de Comunicação e Marketing, de Assuntos Estratégicos e de Articulação Interinstitucional. A Agecopa terá ainda mais 80 cargos.





Fonte: RD News

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