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Politica Brasil
Quinta - 01 de Outubro de 2009 às 06:18
Por: Lisânia Ghisi

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O procurador-geral de Justiça do Estado Marcelo Ferra de Carvalho afirmou nesta quarta (30), em entrevista ao RDNews, que o seu colega procurador e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) Paulo Prado "é um bom nome" para a disputa a uma das duas cadeiras mato-grossenses no Congresso Nacional, hoje ocupadas pelos senadores Gilberto Goellner (DEM) e Serys Marly (PT). Ferra disse ainda que, com a experiência e competência que já acumula, Prado está preparado para representar bem o Estado no Senado. Prado comandou o Ministério Público Estado por duas gestões e tem o próprio Ferra como seu sucessor. Perguntado sobre entraves jurídicos, que levantam dúvidas sobre se Prado deve ou não deixar de vez o MPE para concorrer às eleições em 2010, Marcelo Ferra explicou que "não há vedação jurídica alguma" sobre o pleito.

Destaca que, de acordo com a Resolução nº 5, do Conselho Nacional do Ministério Público, os membros do MP podem exercer atividades político-partidárias. Essa resolução a que Ferra se refere foi assinada em março de 2006 pelo então procurador-geral da República, Antônio Fernando. Na avaliação do chefe do MPE, a confusão em torno da possível candidatura de Prado se dá por conta de um desentendimento jurídico, já que muitos confundem filiação partidária com a ocupação de cargos no Executivo, que é proibida para membros do MP, conforme prevê a Constituição de 1988.

"Se ele (Prado) sair na disputa para o Senado será uma opção pessoal. Isso não é preocupação do MPE"

O procurador-geral não deixou de ressaltar ainda que, caso Paulo Prado opte por deixar o MP para entrar na briga eleitoral, será candidato por si próprio e não do Ministério Público, ou seja, desvinculado da instituição da qual faz parte há 20 anos. "Se ele (Prado) sair na disputa para o Senado será uma opção pessoal. Isso não é preocupação do MP, já que a instituição não tem candidato algum". Sobre se vê chance de êxito nas urnas de Prado, a quem nomeou como chefe do Gaeco no começo deste ano, Ferra preferiu não opinar. Ressaltou apenas que "isso é função das pesquisas". "Não sei fazer esse tipo de avaliação política. Cabe essa resposta às pesquisas", destacou Marcelo Ferra, primeiro promotor do Estado a assumir à Procuradoria-Geral de Justiça, cargo máximo do MPE.

Paulo Prado não é o único membro do MP a se empolgar com a possibilidade de passar pelo teste das urnas no próximo ano. Quem também se articula de olho no Senado é o procurador da República, Pedro Taques, que atuou por vários anos no Estado e hoje está em São Paulo. Também admite pré-candidatura o juiz federal Julier Sebastião da Silva, mas para a cadeira de governador.





Fonte: RD News

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