Mauro Mendes só constrói projeto com PR, afirma Fagundes
Após reclamar da incoerência do presidente da Fiemt, Mauro Mendes, que ameaça deixar o partido para disputar o governo do Estado, o presidente da executiva regional do PR, deputado Wellington Fagundes, admitiu nesta terça (29) a possibilidade do empresário trocar de legenda, a pedido da cúpula republicana, para ser o candidato a vice ao Palácio Paiaguás na chapa de Silval Barbosa (PMDB). Dessa forma, o PR contemplaria um dos partidos da base aliada com a candidatura a vice e, de quebra, evitaria o desgaste de ter dois candidatos da própria legenda na chapa majoritária.
“Se ele (Mauro Mendes) sair, será para construir um projeto junto com o próprio PR. Espero que o Mauro continue no partido, que deu espaço a ele e é onde tem muitas amizades. Fazer política é assim, você tem que estar num partido que te dá respaldo”, avaliou Fagundes, em entrevista ao programa matutino de rádio Chamada Geral, da Mega FM, apresentado pelo ex-deputado federal Lino Rossi (PP).
O presidente do PR reafirmou que os correligionários seguem a orientação do governador Blairo Maggi (PR) de dar apoio à candidatura de Silval. “A única dificuldade do Silval é o fato do nome dele ainda não ser conhecido, mas não tem rejeição. Nas eleições de 2002, o Maggi também era desconhecido, só tinha 2% de rejeição, e venceu no primeiro turno”, lembra.
Para Fagundes, o prefeito cuiabano Wilson Santos, pré-candidato do PSDB ao Palácio Paiaguás, terá dificuldades em vencer Silval nas urnas. “O Wilson tem um alto índice de rejeição na própria Capital. O nome de Silval está crescendo porque ele faz um bom trabalho, percorrendo todo o interior”, avalia.
Questionado se a ausência de candidato próprio ao governo pode prejudicar o crescimento do PR, atualmente maior legenda do Estado, Fagundes disse que os republicanos já venceram o desafio de disputar uma eleição municipal. “Consolidamos isso nas últimas eleições municipais, que são as mais difíceis, o PR saiu com o maior número de prefeitos e vereadores”.
Na tentativa de contornar o descontentamento interno pela falta de candidato próprio ao governo, o deputado reafirmou que a cúpula republicana consultou os correligionários antes de declarar apoio a Silval. “Uma candidatura própria sempre fortalece o partido, mas como vamos obrigar um companheiro a disputar eleição? Não é só ter candidato. Tem que ter condições de vencer”.
Deputado federal por cinco mandatos, Fagundes assegurou que está preparado para assumir uma vaga no Senado. “Agora estou concluindo uma especialização em ciência política. Estar preparado é estar maduro e o Senado é a Casa da maturidade. Minha experiência de vida é o que me dá respaldo”.
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