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Politica Brasil
Segunda - 28 de Setembro de 2009 às 11:12
Por: Sergio Roberto

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As conversações entre DEM, PSDB, PP, PTB e PPS estão adiantadas, mas o acerto final ainda não passa de especulação. O PP – Partido Progressista – deverá ser a costura mais complicada nesta provável aliança na medida em que há arestas a serem aparadas principalmente com os democratas.

O mau humor entre democratas e progressistas não é generalizado nem possui caráter institucional. Mas é grave, já que envolve o senador Jayme Campos e o deputado federal Pedro Henry. A causa é a cassação do prefeito reeleito de Cáceres, Ricardo Henry, que resultou na tomada da prefeitura daquela cidade pelos democratas através de Túlio Fontes. Campos teria apoiado a derrubada de Henry e a assunção de Fontes.

Porém, a intermediação do deputado José Riva poderá contribuir para um entendimento, ou afastar a sigla de uma vez por todas da aliança fomentada por democratas e tucanos. Riva é o principal líder do PP e uma das mais influentes figuras políticas do estado, daí a concepção de que o PP deverá ser o fiel da balança nas eleições do ano que vem.

As definições, porém, acontecerão a partir dos encontros regionais do partido a serem realizados nas cidades-pólo do estado. Em Tangará, a data do encontro ainda será definida. Vale lembrar que as lideranças locais do PP já receberam a visita de membros da diretiva estadual, como o secretário Juarez Fiel.

RIVALIDADE - Os progressistas locais seguirão as determinações das diretivas federal e estadual da sigla, mas há alguns detalhes que devem ser levados em conta. A atual presidente do diretório municipal do PP é a ex-prefeita Ana Monteiro de Andrade, que tem um currículo de rivalidade com o DEM a partir do desentendimento com o democrata Jayme Muraro quando os dois – ele como prefeito e ela como vice – estavam à frente da prefeitura de Tangará da Serra, no conturbado mandato 2001-2004.

Há também a possibilidade de filiação do prefeito Júlio César Ladeia ao PP. Atualmente no PR, Ladeia poderá se converter em progressista para disputar uma vaga na Assembléia Legislativa, já que não há espaço no seu atual partido em função da candidatura “natural” de Wagner Ramos.

CENÁRIO – Uma vez consolidada, a grande frente significará uma aliança inédita entre democratas, tucanos, trabalhistas, progressistas e socialistas. Esta coalizão de forças, conforme já abordado pelo DS em edições anteriores, terá grande potencial de votos e candidaturas difíceis de serem batidas nas urnas.

Além da grande envergadura eleitoral, a frente criará um insólito cenário de aliança entre rivalidades históricas, já que reunirá numa mesma frente adversários ferrenhos como Jaime Muraro (DEM) e Ana Monteiro (PP). Júlio César Ladeia, caso troque o PR pelo PP, poderá fazer parte do “eclético” agrupamento político.





Fonte: Diário da Serra

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