Outro lado: senadores justificam gastos com viagens pelo interior

Campeão de gastos com combustível nos últimos três meses, o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), justificou, por meio de sua assessoria, que as despesas são com as viagens que ele faz pelo interior do seu Estado para participar de eventos relacionados ao mandato, como audiências públicas, além de reuniões com sua base eleitoral, formada por agricultores da região.

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que é vice-presidente da Casa e segundo no ranking dos gastos, disse por meio de assessores que a despesa é referente ao trajeto que o senador faz entre seu escritório em Goiânia e Brasília (distantes 209 km) e a visitas do senador às cidades no entorno da capital goiana. As visitas ao interior do Estado de origem também são as justificativas do senador Expedito Júnior (sem partido-RO), o terceiro em gastos.

O ranking ainda traz o petista Augusto Botelho (RR) em quarto. A assessoria do senador disse que o gasto foi para pagar o combustível do carro dele e de 12 assessores em visitas a todos os municípios de Roraima, Estado que tem 15 cidades. O quinto colocado, Mário Couto (PSDB-PA), que morre de medo de avião, gastou R$ 13.581,23 em três meses com combustível para um ônibus próprio que ele usa para ir de Brasília a Belém (distantes 2.140 km) e para viajar pelas cidades de seu Estado de origem.

O senador Magno Malta (PR-ES) aparece em sexto na lista, com gasto de R$ 13.169,15. A assessoria do parlamentar não retornou os contatos da reportagem até a publicação deste ranking. Mão Santa (sem partido-PI), o sétimo com gasto de R$ 11.117,83 no período, informou por meio de seus assessores que o valor foi usado em viagens de carro por diferentes Estados.

Em oitavo vem o ex-presidente da Casa Garibaldi Alves (PMDB-RN), com R$ 10.752,06, em nono Cícero Lucena (PSDB – PB), com R$ 9.808,15, e em décimo José Agripino (DEM - RN), com R$ 8.964,68. Alves e Agripino também justificaram o gasto com visitas às cidades do interior do Estado, enquanto a assessoria de Lucena não retornou o contato da reportagem.