Cúpula do PR reage, vê incoerência e desautoriza Mendes
O presidente regional do PR, maior sigla do Estado, deputado e pré-candidato a senador Wellington Fagundes, registra uma série de reclamações. Ele próprio reprova a iniciativa de Mendes, assim como o secretário-geral do partido, ex-deputado Emanuel Pinheiro. Juntaram-se ao coro em sinal de protesto o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, o deputado federal Homero Pereira, os estaduais Mauro Savi, João Malheiros e Wagner Ramos. Segundo eles, o empresário não comparece às reuniões do PR e, numa posição incoerente, está conversando nos bastidores com outros partidos como possível candidato a governador.
A crise e mal-estar por causa de Mendes se agravou tanto que seu nome não é mais unanimidade dentro do PR como pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá em 2012. A maioria dos membros da cúpula passou a resistir também a ideia do empresário ser indicado para composição de chapa como, por exemplo, de vice do peemedebista Silval Barbosa. Nos bastidores, eles afirmam que "Mendes não tem musculatura política para seguir carreira solo" e que a boa votação que teve na disputa pelo Palácio Alencastro em 2008 não foi atributo somente do então candidato, mas também dos líderes do PR, principalmente pelo empenho do governador.
A Executiva busca unificar o discurso contra a estratégia de Mauro Mendes, desautorizando-o a "negociar" em nome do partido, e também no sentido de não perder filiados por conta da possível desfiliação do empresário. Luiz Pagot, por exemplo, em contato com o presidente do partido Wellington Fagundes, disse que Mendes está agindo com incoerência e provando do próprio veneno, já que quando foi candidato a prefeito cobrou de todos filiados, principalmente da cúpula e do próprio Pagot, discurso em nome da unidade partidária.
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