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Cidades/Geral
Quinta - 24 de Setembro de 2009 às 22:16
Por: Jardel Arruda

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O diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente de Cuiabá, Wagner Simplício, aproveitou a audiência pública para discutir a crise da saúde, realizada na tarde desta quinta-feira (24), na Assembléia Legislativa, para cobrar um investimento de um bilhão de reais para saúde em Mato Grosso. Para ele, com esse montante poderia ser resolvida a “desconstrução” que o setor tem passado com o decorrer dos anos.

“O governador já falou da necessidade de um bilhão para a segurança pública para realizarmos a Copa. Esta Casa (Assembléia Legislativa) poderia propor um bilhão para a saúde”, cobrou Simplício.

Segundo ele, a exemplo da segurança pública, se a Copa fosse realizada amanhã a rede de saúde de Mato Grosso não teria condições de prestar suporte a um evento desta envergadura. E o motivo é o déficit de leitos em Cuiabá, que de acordo com o diretor de Vigilância, é de 400 leitos.

Descontrução

Wagner Simplício alega que a saúde tem passado por um processo de desconstrução ao longo dos anos. Além dele, o médico do Ministério da Saúde e ex-secretário de Estado de Saúde, professor Gabriel Novis Neves, também pensa nesse sentido.

Inclusive, Gabriel Novais acredita que realização de uma audiência pública para tratar de uma crise, onde médicos pedem demissão em massa, é o “funeral da saúde”.

Com a experiência de 74 anos, sendo 50 deles dedicados à medicina, Gabriel conta que com o passar dos anos, Mato Grosso perdeu muitos leitos com o fechamento de vários hospitais na capital.

Entre eles esses hospitais, o médico cita o São Thomé, hoje base da SAMU, o Hospital Modelo, hoje apenas um laboratório, do Hospital das Clinicas, falido e do Hospital São Lucas. Ele também lembra dos que perderam capacidade, como o Hospital Geral Universitário, o antigo Adalto Botelho e a Santa Casa de Misericórdia.

Segundo ele, a carência de leitos em Cuiabá e tão grandes que somente a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande tem mais leitos que toda Cuiabá.

“Hoje, empresário nenhuma em sã consciência, investe na Saúde”, afirmou Gabriel. “Só quem investe em saúde é médico e não é para ficar rico, é para ter onde trabalhar”, completou.

Ausências

Os secretários de Saúde de Cuiabá e de Mato Grosso, não compareceram na audiência. Luiz Soares estaria em outra agenda marcada anteriormente e Agugustinho Moro está em Brasília para discutir a Emenda 29, conhecida por ‘PEC da Saúde’, ou ‘Nova CPMF’.





Fonte: Olhar Direto

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