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Cultura
Sexta - 21 de Agosto de 2009 às 12:00
Por: Lisânia Ghisi

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Após temporada com apresentações regional e nacional e com encerramento domingo passado, com o espetáculo "Improvável", da companhia de teatro "Barbixas de Humor", o Cine Teatro Cuiabá já teve as portas fechadas de novo. Só volta a reabrí-las sob nova direção e, por enquanto, não há previsão de isso acontecer. O intrigante é que o Estado já fez licitação e definiu o nome da empresa que vai administrar a principal casa de espetáculo da Capital, que foi reinaugurada há três meses. Como a descentralização da gestão não se deu na prática, quem continua administrando o Cine Teatro é a secretaria de Cultura, sob Paulo Pitaluga.

Secretaria de Cultura do Estado já definiu o Instituto que vai administrar a casa de espetáculo, mas depende de ajustes e da Sinfra para reabertura

A pasta alega que a transferência da gestão ao Instituto Mato-Grossense de Desenvolvimento Humano (IMDH), que pertence à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), só não ocorreu ainda por questões burocráticas. Faltam, por exemplo, ajustes no contrato e aval da secretaria de Infraestrutura, responsável pela execução das obras de reforma do prédio.

Caberá ao Instituto realizar pelo menos 260 apresentações artísticas, sendo 40% delas selecionadas por meio de edital. Além de gerenciar a casa pelos próximos cinco anos ou mais, já que o contrato prevê opção de renovação, o IMDH deve manter um sistema de estrutura organizacional, administrativo e operacional, como também de recursos humanos, controle de patrimônio, comunicação, contratações, plano de cargos e salários e controle de custos. Estão previsto para o Cine Teatro neste ano R$ 477,6 mil. Já para a partir do exercício de 2010, o Estado vai contribuir com um repasse fixo anual de R$ 420 mil e caberá ao instituto custear as demais despesas.

"Novela"

O Cine Teatro Cuiabá acabou se transformando numa "novela", cujos capítulos em exibição já atravessam dois governos. As obras de reforma começaram a ser executadas no governo Dante de Oliveira (1995/2002). Naquela época, a pasta da Cultura era comandada por Elismar Bezerra. Dos R$ 4 milhões destinados ao projeto, R$ 1,8 milhão foi proveniente do Fundo de Desenvolvimento Social e Estrutural do Estado (Fundesmat) e R$ 2,2 milhões de um convênio com a Caixa Econômica. Em 1996, as obras foram interrompidas. Veio o governo Blairo Maggi e o projeto foi retomado. A inauguração só aconteceu em maio deste ano, com mais de uma década depois.





Fonte: RD News

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