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Politica Brasil
Quinta - 20 de Agosto de 2009 às 20:32
Por: Lisânia Ghisi

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"Foi uma decisão da bancada petista e não da Mesa Diretora", reage a senadora Serys Marli (PT), ao ser questionada nesta quinta (20), um dia depois da bancada petista, inclusive ela própria, ter ajudado a enterrar todas as denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Entre as acusações que pesam contra o peemedebista estão uso do cargo para nomeações ilegais de parentes e manutenção de atos secretos, assim como autorização de pagamento a funcionários fantasma de seu gabinete.

"Agora é hora de aprovar projetos. Vamos deixar as investigações de lado. Temos que trabalhar"

Serys, que integra a Mesa Diretora, se mostra contraditória. Ao mesmo tempo que o seu PT resiste em investigar Sarney, ela considera preocupante a situação de crise pela qual passa o Senado. "Agora é hora de se aprovar projetos. Vamos deixar um pouco as investigações de lado. Temos que trabalhar", pondera a petista, que vem sendo "bombardeada" de críticas por se aliar a Sarney, acusado de cometer várias irregularidades. As declarações de Serys surpreendem até mesmo seus velhos aliados. Sua postura no Senado, por conta de acordos políticos e obediência ao Palácio do Planalto, foge completamente da época em que era deputada estadual. Na Assembleia Legislativa, ela liderava manifestações, protestos e denúncias contra os governos Jayme Campos (91/94) e Dante de Oliveira (1995/2002). Agora virou "Serys paz e amor".

Serys está em pré-campanha à reeleição rumo a 2010. Ela ocupa desde fevereiro deste ano o cargo de segunda-vice-presidente da Casa. É á primeira mulher mato-grossense a conquistar vaga no Congresso e também na Mesa. Ela garante que tem atuação firme contra a corrupção e acredita que a decisão do partido, em votar pelo arquivamento dos pedidos de investigação contra o presidente da Casa, não vai arranhar a imagem do PT. "Nós somos a sigla com maior credibilidade no país. Trinta por cento da população estão com o PT, enquanto alguns outros partidos tem apenas 8%", compara.

A senadora descarta também o risco da decisão de salvar Sarney refletir negativamente no PT e sobre seus líderes nas eleições gerais do próximo ano. "Vejo que a população já está decidida sobre 2010. Acredito que isso não fere a imagem do partido de modo algum". Perguntada sobre a possibilidade do surgimento de novas denúncias contra o seu colega Sarney, Serys afirma que, "a partir do momento em que novas investigações forem feitas, a Mesa Diretora irá tomar providências." "Isso é um fato sério e a Mesa está tomando todas as atitudes cabíveis".





Fonte: RD News

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