Advogados Verão e Pizza brigam por clientes famosos
Nesta quarta (19), ao ter a prisão revogada pelo juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, Jaqueline foi protagonista, mesmo sem intenção, de um episódio no mínimo curioso nos bastidores do Judiciário. O advogado José Petran Toledo Pizza, do escritório Toledo Pizza e Associados, entrou em contato com a imprensa e informou que o pedido de revogação da prisão preventiva, apresentado por ele na Justiça Federal, fora acatado por Julier.
Minutos depois, porém, o advogado Pedro Verão procurou o RDNews para dizer que é advogado de Jaqueline. A informação foi endossada por servidores do primeiro escalão da Prefeitura de Várzea Grande. Verão alega ser o autor do pedido de revogação da prisão preventiva. Teria, inclusive, conversado com o procurador da República Mário Lúcio Avelar a respeito. Segundo Verão, o MPF emitiu parecer favorável ao recurso que pedia a revogação da prisão, que foi acatado na mesma tarde por Julier. Verão analisa a possibilidade de recorrer à Comissão de Ética da OAB-MT. “Há pessoas que tentam passar na frente dos procedimentos. Mas vou analisar isso depois, inclusive com a possibilidade de recorrer à Comissão de Ética da Ordem”, afirmou.
Na bronca com o colega, José Petran resolveu provar que, de fato, é o advogado constituído de Jaqueline e o responsável pelo pedido de revogação da prisão dela. Para tanto, colocou a disposição dos interessados o documento, protocolado na Justiça Federal, em 19 de agosto, e anexado aos autos do processo nº 2009.36.00.011580-2, em que requer a revogação da prisão por “não persistirem os motivos ensejados da mesma e por ter sido concedida liminar em habeas corpus para outros réus do mesmo processo”. O documento é assinado por Petran e pela filha, a advogada Iza Karol Gomes Luzardo Pizza. Ele também fez questão de apresentar a procuração assinada por Jaqueline em que confere amplos poderes ao advogado para propor as ações competentes e defendê-la nas contrárias.
Em geral, advogados faturam alto com as mega-operações da Polícia Federal e do Gaeco que visam políticos, médicos, servidores e até mesmo advogados. Especula-se que chegam a cobrar até R$ 300 mil para revogar prisões ou conseguir habeas corpus nas instâncias superiores.
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